sexta-feira, 27 de novembro de 2009

7º encontro - módulo 2

Campo Grande, 16 de novembro de 2009.
É com muito prazer que faço o caderno de registro desta aula.
Como de costume, nossa Mestra chega antes para preparar a sala de aula e nos receber com entusiasmo e carinho.
Aos poucos nossas colegas chegam, rola aquele bate papo inicial, por mais que muitas trabalhem juntas, sempre temos uma história para contar um desabafo a fazer.
O tempo é curto, logo começamos as atividades da noite. Primeiramente nossa Mestra faz a leitura compartilhada: “Não sabia que era preciso”, em seguida a colega Sônia faz a leitura do caderno de registro da aula passada, este foi elaborado em forma de crônica, sendo muito interessante e fácil entendimento.
Depois do relatório lido, é hora de rever a tarefa de casa. Nossa Mestra inicia lendo a atividade da colega Cris Montenegro, a qual descreveu com muita clareza citando a loto leitura do nome, texto fatiado e parlendas.
A colega Sônia nos questiona: Será que ensinar só gramática, o aluno irá aprender a ler e escrever?
Esta pergunta logo seria esclarecida com o vídeo que iríamos assistir, mas ela ainda conclui que a escrita é um conteúdo procedimental, gostaria que o aluno fizesse sua produção de texto e ela tivesse a oportunidade de sentar com cada um para a correção necessária, mas que isso nem sempre é possível.
Já nossa colega Marcela citou Vygotsky em relação à construção da leitura, onde relaciona a interpretação, o brinquedo e o desenho. Sendo este processo para os pequenos e no 5º ano em que também leciona sugere a construção de textos jornalísticos.
Também enriqueceu a nossa aula a colega Cristiane, com a atividade de leitura de uma história, em seguida o filme da mesma história, pois nos diz que o livro possui um tipo de diálogo (a escrita) e o filme possui outra (linguagem oral), fazendo por fim o reconto com seus alunos e pode concluir o crescimento verbal e na escrita dos alunos.
Passamos então para o vídeo: ”Aprender a linguagem que se escreve”. Este nos fala da necessidade das várias formas da língua escrita.
Nossa Mestra sempre que necessário faz uma pausa no filme para acrescentar algo importante e enfatiza que a criança saber que muitas vezes falamos de uma forma, mas a escrita é de outra forma.
Há várias formas da linguagem escrita: a carta, bilhete, histórias e muitos outros, estes textos fazem parte do dia-a-dia da criança, seja escutando ou lendo.
Mesmo a criança não possuindo a capacidade da leitura, o professor empresta sua voz e é enquanto escutam que se iniciam como leitores.
É necessária a produção de textos coletivos entre os alunos, pois coletivamente vão montando, estruturando sua leitura, o tipo de narrativa. E desta forma aprendem que a linguagem que se usa para escrever é diferente da que usamos para falar. Neste ponto concretiza-se o que nossa Mestra nos falou anteriormente.
Com este pensamento surgem perguntas: Quantas vezes proporcionamos este tipo de atividade para nossos alunos? Que tipo de textos?
O modelo dos gêneros é fundamental para a produção textual, quanto mais variedades, maior o desempenho do aluno e também com maior número de gêneros é que descobriremos o gosto literário de cada um.
É importante termos claro que tão importante quanto aprender escrever/grafar é aprender escrever/redigir, aqui podemos responder a pergunta de nossa colega Sônia a respeito de aprender só a gramática basta para ler e escrever.
Por fim nossa Mestra conclui que para sermos bons professores devemos também saber ler.
Aluna
Ediane Brum.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

6º encontro - módulo 2

PRAZER COM PRAZER SE PAGA

Segunda-feira, dia 26 de outubro de 2009, a professora Sônia chega ansiosa a seu trabalho e lembra que hoje é dia de Formação Continuada, 6º encontro do segundo módulo. Seu coração dispara e a cada minuto olha no relógio, ansiosa para que o dia passe rápido.
A professora tem outras funções, mas seu maior prazer está em ensinar. Em ensinar o verdadeiro sentido da alfabetização.
- Tudo perfeito - diz a professora, sorrindo para sua companheira de trabalho.
- Eu estava com medo no início...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Medo sim! Medo que minhas seguidoras não se mostrassem motivadas no decorrer do curso.
- Mas isso tem acontecido?
- Não! Claro que não. Percebo que elas andam bastante cansadas, o final do ano está chegando, mais cobranças nas escolas. Afinal, alguns pais só se preocupam com seus filhos quando percebem o risco da reprovação. Aí, são cobranças de todos os lados. Elas não podem vacilar.
- Ah! Tenho certeza que você é uma professora bastante tolerante.
- Ah, sim! Ainda mais quando percebo que se trata de um grupo de alunas responsáveis e dedicadas como é esse.
- Hoje mesmo tem apresentação de trabalho em grupo.
- Elas fazem tarefas?
- Sim, claro que fazem! Precisam por em prática o que aprendem em sala de aula.
O dia passou rápido, está na hora. A professora Sônia se dirige ao local aonde acontece o encontro.
Chegando lá, a professora se prepara para receber suas alunas. Como sempre muito ansiosa, ela separa todo o material necessário para a aula do dia e aguarda suas seguidoras.
Uma a uma elas vão chegando e se acomodam.
- Boa noite! – diz a professora que pontualmente começa sua aula.
A leitura compartilhada não pode faltar. Em todas as aulas, esse é um momento muito especial. Sopa de pedras, título do conto escolhido por ela. As alunas ouvem atentamente, sem rumo, sem intenção, só para deixar brotar no coração o mundo incrível da leitura.
Neste dia não houve a leitura do caderno de registro, a qual é feita em todos os encontros. Ah! Mas dona Sônia levou para suas alunas o lanche do dia. Bombom, coca-cola e pão-de-queijo.
Acho que na verdade a professora Sônia estava ansiosa para ver a apresentação do trabalho recomendado a suas meninas. Afinal, são nessas horas que ela fica mais feliz, pois percebe o quanto suas sementes estão germinando.
Patrícia, Nélida e Cris iniciaram a apresentação. Com a música de Adoniram Barbosa, “O trem das onze”, encantaram não só a professora, como também o grupo presente. Cada uma mostrou como foi à atividade desenvolvida em sala de aula, o objetivo traçado e a felicidade de ver o resultado alcançado.
Caramba! Nesse momento ficou visível a felicidade da mestra. Também não é para menos. Ela percebe que toda luta tem valido à pena.
Terminada a apresentação das meninas, teve início um bate-papo muito gostoso. As meninas estavam empolgadas e falaram de suas experiências diárias em sala de aula. É verdade! Aqui mora o prazer! O prazer de ensinar!
- Vamos lá meninas! Falou a professora Sônia, retomando seu planejamento. Pediu ao grupo que lessem o texto “Dez importantes questões a considerar...” Variáveis que interferem nos resultados do trabalho pedagógico. Elas, empolgadas, iniciaram a leitura. Era tão grande a empolgação, que os comentários sobre a leitura se sucediam. A professora querendo que elas lessem e elas falando, falando, falando. Mas falando do trabalho, do árduo e prazeroso trabalho de ensinar....

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Caderno de Registro - Módulo 2 - 5º encontro

Campo Grande- MS, 25 de Outubro de 2009.
Oi prima,
Que surpresa esta carta, né? Estou estudando um pouco sobre as cartas e decidi escrever para você e contar o que ando fazendo, assim aproveito para colocar a fofoca em dia. Hehehe...
Estou participando de um curso todas as segundas-feiras, já estou no segundo módulo, no quinto encontro, uma formação continuada em alfabetização oferecida pela FUNLEC, tenho uma ótima mestra chamada Sônia, ela é a Coordenadora Pedagógica de Educação Básica da FUNLEC.
Na segunda-feira passada ela compartilhou um texto chamado: Aprender a ler: um pouco de história, muito interessante, na qual mostra os recursos dos antigos para aprender a ler e muitos aprenderam através da Bíblia. Até me lembrei de nossas aulas de catequese, aí que saudade do nosso tempo de criança!
Nós temos neste curso um caderno de registro onde relatamos os nossos encontros e não deixamos nada para trás e no encontro passado a nossa colega Valéria fez o registro através de diário, foi lindo! finalizou com uma mensagem a todos nós. Nós deveríamos ter feito um diário para não esquecermos os detalhes e momentos ricos como este.
Temos tarefas também e não podemos deixar de realizá-las, se lembra quando éramos pequenas o que nos acontecia se não fizéssemos a tarefa?
Voltando a minha aula, a mestra também trabalha em grupos e neste dia fiquei muito tensa, pois minha companheira de grupo não estava bem, e como somos muito ligadas à família sei muito bem como ela se sentiu, por isso não me concentrei como devia, pois estava preocupada, na verdade todas ficamos assim.
Bom, neste curso também assistimos vídeos de relatos, experiências de outros pedagogos e acabamos tendo muitas idéias para nossa prática. Nesta aula assistimos o vídeo "Textos que se sabe de cor" e realizamos uma atividade reflexiva com a parlenda Rei Capitão.
Esta atividade foi difícil de registrar pois não conseguíamos nos concentrar, por fim concluímos e a colega Menuza ainda não havia tido notícias de sua família. Isso é notícia somente de um dia de curso!
Estou trabalhando os dois períodos: toda segunda-feira faço este curso, terça tenho encontro de estudos de outra escola sobre Bulling,às quartas feiras tenho curso com a fonoaudióloga Lilian Ferro, às quintas-feiras estou no intermediário do curso de Libras, sextas-feiras tenho feito estágio ou ensaio de Libras, ou seja, não tenho dias, tardes ou noites livres, neste sábado e domingo trabalharei com uma mostra de artes. Bom também tenho os planos e outras assessorias familiares.
Mas estou muito feliz com minhas conquistas, tenho aprendido muito e isso irei levar para a vida.
Bom, espero que também tenha muitas novidades para me contar, pois não te contei nada perto do que tem me acontecido, saudades de todos. Amo vocês, se cuidem!
Mandem notícias!
Beijinhos da prima Fabi Oshiro

Caderno de registro - Módulo 2 4º encontro

Meu querido diário!!!

Como de rotina, desde abril, relato aqui como foi minha noite do curso de formação continuada em alfabetização.
Vou desabafar antes de relatar... Quando recebi o e-mail com a programação do curso, pensei no que ele me acrescentaria... Troquei ideias com quem já havia feito, Maria Teresa (coordenadora), minha irmã Simone, e foi só incentivo, pensei, refleti e resolvi fazê-lo. Os benefícios para mim seriam no acompanhamento da alfabetização de minhas filhas.
Nesta noite, a mestra D. Sônia fez a leitura da biografia de Lampião e Maria Bonita, que era o apelido de um conhecido líder de um grupo de cangaceiros, na região Nordeste e ela sua mulher e companheira.
Como já retornamos muitas vezes ao contrato didático e sempre está tudo ok e sem acrescentar nada, fomos à diante.
Quanto ao caderno de registro, a Cris Montenegro se desculpou por e-mail com D. Sônia (depois pessoalmente) por esquecer completamente de escrevê-lo. Sabe, nossa profissão exige muita dedicação e trabalho constante, em casa, na escola e sempre no pensamento. Muitas vezes falhamos, pois não somos de ferro.
Na aula anterior, algumas alunas ficaram encarregadas de realizar um trabalho com nomes próprios (Patrícia, Cris, Mércia, Cris Montenegro) e elas relataram os trabalhos maravilhosos realizados com seus alunos.
Sabe querido diário, desde que me iniciei como professora, amo dar aulas e ter esse contado com os pré-adolescente e adolescentes, aprendi muito até ter muita paciência, desconhecida até então.
Escrevi tudo isso para poder expressar minha ainda maior admiração às alfabetizadoras e educadoras, pois são dedicadas, pacientes, estrategistas e demonstram prazer no que fazem e realizam, enfim, parabéns amigas, vocês são dez e as admiro muito mais do que antes.
Voltando aos relatos da aula; a mestra distribuiu uma lista de palavras e separou a sala em duplas para discutirmos. Nós deveríamos considerar que as listas não são de palavras memorizadas, os alunos que não sabem ler convencionalmente conseguirão ler os dois tipos de lista? Se sim, explicar e se não por quê?
As discussões foram realizadas com dificuldades, mas conseguimos concluir e socializar.
As duplas chegaram à mesma conclusão, que os alunos, para lerem uma lista, deverão receber uma dica da professora, deve ser de um mesmo campo semântico (novo conceito que aprendi hoje) e com uso de estratégia de antecipação e checagem.
Assistimos a um vídeo que se referia às práticas para trabalhar com listas, as ações docentes e representação construídas pelos alunos nos trabalhos com listas e a história da lista
Concluí que o trabalho com lista é muito interessante para aqueles alunos que ainda não sabem ler, pois elas podem ser diversificadas como de desenhos animados, frutas, contos, e assim vai...
Aprendi hoje, também, que utilizando estratégia de antecipação e checagem, o desenvolvimento do processo de leitura através das listas faz os alunos pensarem, pois precisam lembrar com que letra começa, quantas letras possui, a ordem. O aluno aprende a construir seu conhecimento.
A mestra depois do vídeo, solicitou que voltássemos às duplas para fazermos um rol de lista para serem trabalhadas com alfabetização.
Existem alguns princípios didáticos para trabalharmos com listas como: os alunos deverão tomar decisões; o conteúdo tem que ser sócio-real (concreto) e a organização da tarefa garante o máximo de circulação de informações aos alunos.
D. Sônia, após o vídeo, solicitou que novamente voltássemos às duplas para rever a primeira, lêssemos novamente nossas conclusões e se gostaríamos de mudá-las, mas praticamente todas as duplas continuaram com o que já haviam concluído.
Sabe o que é muito legal fazer com os aluno? O livro de adivinhações, pois em duplas ou trios os alunos lêem e escrevem.
A mestra nos entregou o texto Contribuições à pratica pedagógica 7, e para terminar a aula, a mestra solicitou que nós falássemos o que aprendemos e assim concluímos a aula de hoje.
Eu aprendi muito, pois não sabia o que era estratégia de antecipação e campo semântico.
Querido diário, vou terminando por aqui, pois tenho muito o que planejar para colocar na prática os ensinamentos da mestra e realizar minha tarefa, que é um atividade onde devo ajudar uma colega em sua prática pedagógica.

A vocês amigas que admiro, agradeço por conhecê-las e fazer parte da construção do meu conhecimento em alfabetização.

Valéria Storti