terça-feira, 1 de setembro de 2009

12º encontro

Campo Grande, 21 de agosto de 2009.

Caras professoras,

É com muita alegria que me dirijo a vocês para relatar o desenvolvimento do décimo segundo encontro de formação continuada de professores da Funlec.

Depois de quase um mês de folga dos encontros, voltamos aos estudos com ausência de muitos professores, o que foi uma pena, pois o tema estudado “Alfabetização e contextos letrados – Parte I” foi rico em discussão. Espero que com este registro vocês possam entender um pouco do conteúdo trabalhado.

O encontro foi aberto com a apresentação da pauta e a leitura compartilhada do texto de Rubem Alves “Concertos de leitura” onde o autor fala da importância da leitura na vida das pessoas. Embora sem intenção, o texto fez uma ponte com o tema do estudo do dia. Em seguida Laura fez a leitura do Caderno de Registro do encontro anterior, relembrando a pauta desenvolvida para dar sequência ao trabalho.

A retomada do contrato didático é uma prática de todos os encontros para validar os acordos feitos e nesse dia não podia fugir a regra, nenhuma sugestão de mudança foi proposta.

Quando fizemos a retomada do trabalho pessoal (do encontro anterior) leitura do texto “Contribuições a prática pedagógica 3” e respondendo as perguntas: Que tipo de atividade precisaria ser incorporada ou potencializada em seu trabalho, para que seus alunos aprendam a ler de forma significativa? E que tipo de atividade acham necessário retirar da rotina de trabalho? Verificamos a necessidade de retomada da leitura e o fizemos. Após a discussão do texto, muitos professores falaram que é preciso deixar o aluno ler mais e fazer suas interpretações para depois haver intervenção do professor. Foi dito também que os professores têm muitas idéias, mas que o tempo é pouco e que o trabalho com a leitura é muito mais que ler um livro.

Na discussão sobre a finalidade do ato de ler e escrever no cotidiano, os professores levantaram muitas situações: para planejar, escrever-email, bilhetes, lista de compras, jornal, revistas, outdoor, panfletos de supermercado, preenchimento de cheques, leitura de contas diversas, relacionando esta prática ao uso social. O grupo refletiu que muitas vezes “dentro da escola, a linguagem escrita é despida da sua função social”, que o conteúdo trabalhado na escola não é aplicado na vida diária. Que aprender na escola é para fazer prova e tirar notas.

Antes da apresentação do vídeo “Alfabetização e contextos letrados” algumas perguntas foram feitas: O que é alfabetização? E letramento? O que caracteriza um ambiente alfabetizador de fato? Quais situações a escola deve garantir para formar leitores e escritores competentes?

Uma professora do grupo citou o exemplo do trabalho realizado em outra escola, por duas professoras da segunda série e que dividem o mesmo espaço físico. Uma professora fixou nas paredes as famílias silábicas. A outra professora reivindicou que era preciso dividir o espaço em partes iguais e assim foi feito. Um lado era composto pelas famílias silábicas, o outro por textos que os alunos sabiam de memória (músicas, trava-línguas, adivinhas, listas etc.) Os alunos da professora que tinha como suporte as famílias silábicas queriam que a professora trabalhasse com o material da professora que trabalhava com os textos; assim a professora teve que buscar ajuda para trabalhar de forma mais significativa com seus alunos.

A apresentação do vídeo é sempre um momento de muito aprendizado para o grupo, pois possibilita o confronto da teoria estudada com a prática da sala de aula.

Quando foi feita a discussão sobre a relação entre estar alfabetizado e saber produzir textos, o grupo concordou em que é possível produzir textos sem estar alfabetizado quando a pessoa conhece do que se trata o assunto e dita para alguém escrever; e que é possível a pessoa ser alfabetizada e não saber produzir textos quando a escrita principalmente dentro da escola é despida da função social, ou seja, a escola não ensina onde utilizar aquele conhecimento.

Para finalizar o encontro foi explicado o trabalho pessoal – leitura do texto “Alfabetização e ensino da língua” com a finalidade de ampliar ou modificar as respostas dadas neste encontro.

“È graça divina começar bem. Graça divina persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”, Dom Helder Câmara. Com este pensamento eu gostaria de dizer a todas as professoras cursistas que sei o quanto é difícil sair de casa todas as segundas-feiras para participar deste trabalho; mas digo a vocês que no final vocês adquirirão uma competência profissional tão maravilhosa que vai valer a pena o esforço.

Um grande abraço.

Sonia Dantas
Formadora do grupo.



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