quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL AOS PROFESSORES CURSISTAS E SEGUIDORES DO BLOG.

Neste Natal... Vamos...
Multiplicar AMOR
Que nossas mãos possam ser portadoras de paz...
De afagos... De carinho...
Que escorra delas os mais límpidos sentimentos...
De bálsamos... De alívio... De força... De luz...
Que possam ser espraiados na terá árida, fazendo germinar o amor entre as pessoas...
Multiplicando cada melhor essência de nós...
Fazendo-nos fortes ao meio a tempestade...
Deixando-nos ver o sol que nasce...
Que rompe a noite... Que se faz dia...
Que se faz belo... Que se faz vida!
Que se chama amor...
Feliz Natal!

11º Encontro - módulo 2 - Avaliação

"Conhecimento e ação são dois aspectos inseparáveis da atividade humana. O conhecimento não é mera contemplação, nem a prática mera atividade; separada da prática, a teoria se reduz a meros enunciados verbais; separada da teoria, a prática não é mais que um ativismo inconducente. Não há, pois, autêntico conhecimento e autêntica ação, se não se expressam numa permanente inter-relação unitária". Luiz Rigal, Sobre el sentido y uso de la investigación-acción

O último encontro do módulo 2 da Formação Continuada de Professores aconteceu no dia 14/12/2009 e teve como objetivo refletir sobre os conteúdos estudados na formação e a aplicação prática dos mesmos. Portanto os professores tiveram como tarefa escrever uma carta para a formadora analisando os conteúdos estudados, indicando quais conteúdos foram relevantes para sua prática didática, que mudanças realizou em seu planejamento e quais pretendem acrescentar a partir do próximo ano. O resultado deste trabalho final resultou nos seguintes comentários dos professores cursistas:

... no decorrer das aulas o planejamento tornou-se mais aprimorado, a leitura compartilhada mais atraente, tanto para os alunos como para a professora.” Rita Muller
“... um dos últimos conteúdos que vimos, foi o da produção coletiva de textos; não esperava que fosse tão produtiva e de fácil entendimento, tanto para meus estudos, quanto na aplicação.” Laura
“ ... posso citar os nossos longos estudos das hipóteses de escrita, como gostei daquelas aulas e como foram significativas para o meu agir em sala de aula, logo que aprendi a realizar a avaliação diagnóstica, montei um caderno de registro para minha turma e hoje analiso com alegria cada registro, percebendo a evolução de cada aluno.” Patrícia Nantes
“ ... fazer aquele memorial me fez voltar no tempo e ver o quanto eu sabia pouco em relação ao ensino e aprendizagem, não que eu agora saiba tudo, de modo algum, mas lá no comecinho do nosso curso eu acreditava naquele ensino tradicional, que foi a forma com aprendi a ler e a escrever, mas após os estudos feitos a partir do texto “As ideias, concepções e teoria que sustentam a prática de qualquer professor, mesmos quando ele não tem consciência delas” reavaliei a minha teoria e metodologia e fiz modificações na minha prática, passei realmente a acreditar no alfabetizar letrando, ou seja, introduzi no meu planejamento gêneros textuais diversificados, oportunizei aos alunos, principalmente para aqueles que não liam convencionalmente textos, já conhecidos por eles, como por exemplo cantigas de roda, para fazerem leitura na roda de leitura.” Christiane Montenegro
“...no início do curso consegui classificar minha prática, e a partir daí fui me modificando percebendo os pós e os contras da minha prática. Me perceber e me sensibilizar para os meus erros e meus acertos foi a melhor coisa que aconteceu, tanto para o meu pessoal quanto para o meu profissional.” Ana Paula
“.... muitas coisas maravilhosas que aprendi pude colocar em prática... valorizar os momentos de criação de meus alunos, através da escrita, oportunizando sempre a retomada... construindo a escrita e a leitura aos poucos... a troca de experiência com as colegas foram aproveitadas, cada uma trouxe um pouco, mesmo na hora das dúvidas, dos erros podemos avaliar como estamos ensinando nossos alunos. O ano que vem nos veremos, pois gostaria de assistir algumas aulas e reforçar o que aprendi neste ano de 2009”. Ediane
“... o aspecto mais relevante foi ter crescido não só como pessoa, mas muito mais como profissional. ... Hoje como professora de Língua Portuguesa sinto-me um pouco triste, por ver que os alunos chegam as séries finais sem o domínio da leitura. E cabe a nós, todos nós, independente da área que atuamos, abraçarmos com responsabilidade essa causa, para que essa realidade seja transformada. Tenho muitos planos para minha prática em 2010. Quero encantar meus alunos com a leitura, com a produção de textos. Quero desafiá-los a serem cada vez melhores”. Sonia Cristina
“... foi muito bom tudo o que aprendi no curso, pois os conteúdos estudados foram de grande valor, aumentaram meus conhecimentos.” Mércia Cristina
“... para mim enquanto professora da Educação Infantil foi gratificante o detalhamento do processo de aprendizagem, as estratégias usadas para que o aluno se interesse pela leitura mesmo aqueles que não o faz convencionalmente, adequação das atividades, enfim, o real papel do professor.” Menuza Casavechia
“... aprendi muito. Faço todos os dias leitura compartilhada, levo sempre texto interessante, retomamos os nossos combinados do dia a dia. Sei que aprendi e errei em alguns momentos, mas para o ano de 2010 quero colocar em prática tudo que aprendi no curso.” Aline Fagundes
“... o que me surpreendeu foram as últimas aulas onde pudemos ver como conduzir os alunos a produzirem textos de qualidade, mesmo quando estes não escrevem ou lêem convencionalmente. E quanto aos textos que apresentamos a eles se queremos que produzam textos de qualidade temos que ler textos de qualidade, isto é, algo que com certeza vai ser acrescentado no meu planejamento, sempre tive a idéia que para os menores teria que apresentar apenas textos fáceis com ilustração, porém pude notar com é satisfatório trabalhar textos de qualidade com alunos que ainda são pequenos.” Cristiane Oliveira
“... ao longo desses oito meses foram feitos estudos e reflexões sobre alfabetização, leitura, hipótese de escrita, como fazer registros de forma organizada, como planejar, situações didáticas, concepção de ensino e aprendizagem, critérios para formação de grupo entre muitos outros. Essa formação contribuiu e supriu o que eu almejava, pois durante todo esse período consegui entender e acompanhar minhas filhas em sua alfabetização e não cobrá-las demais e nem a sua perfeição, pois tudo tem sua hora e momento. Para o próximo ano acrescentarei a leitura compartilhada, amarrarei um contrato didático e sempre retomá-lo, procurarei prestar mais atenção na formação dos grupos, dentre outras mudanças”. Valéria Storti (professora de Ciências EF 2)
“... iniciei 2009 bastante insegura de assumir novamente um 1º ano, do qual pensava ter me livrado, sim livrado, essa é a palavra, mas hoje vejo como cresci e aprimorei-me, aprendi a avaliar, observar, mediar e até produzir atividades de maior qualidade, com isso a insegurança do lº ano se foi e hoje abraço com segurança, conhecimento e tranqüilidade, até mesmo um 1º ano para 2010, porém agora mais feliz”. Nélida Cássia
“... Aprendi durante o curso a adequar as necessidades de aprendizagem dos alunos, a observar o desempenho individual e a fazer intervenções pedagógicas mais adequadas. Incorporei a hábito de fazer agrupamentos heterogêneos considerando seus conhecimentos e suas características pessoais e isso fez com que meu trabalho fosse mais produtivo. A retomada diária do contrato de trabalho fez com que os alunos se comprometessem mais. Para 2010 quero aperfeiçoar minha prática pedagógica para melhorar o que já foi bom em 2009 e consertar o que não deu certo”. Christine Ribeiro
“... Ao longo deste ano a cada segunda-feira nós éramos esperadas com uma rotina padronizada e a contento das atividades do dia. Esta prática foi a primeira metodologia que implantei em minhas aulas, pois anteriormente acreditava que aulas lúdicas e operacionais, eram aulas que não seguiam um padrão determinado. Quando implantei a rotina, logo percebi a diferença: os alunos estabeleceram uma atitude de respeito e atenção aos conteúdos ministrados. Os agrupamentos causaram-me muitas polêmicas internas, porém, aplicando a teoria em sala de aula, foi possível agrupar com sucesso alunos de 5º ano com um número de 30 alunos no total: trios, duplas e quartetos. Os com mais desempenho com os alunos com menos desempenho (porém com funções determinadas para a não acomodação); todos os agrupamentos com responsabilidades determinadas no início das aulas”. Marcela R. Zanardi

Fazendo um balanço do desenvolvimento deste módulo e do grupo

As questões de natureza didática, que começaram a ser abordadas em seus fundamentos no módulo 1, foram aprofundadas no Módulo 2, tanto do ponto de vista teórico quanto do ponto de vista prático, demonstrando que a alfabetização faz parte de um processo mais amplo de ensino e aprendizagem de diferentes usos da linguagem escrita, ou seja, faz parte de um processo de letramento, demonstrando como isso acontece na prática.
As professoras alunas desta formação através de seus trabalhos pessoais e discussões nos encontros demonstraram a aquisição das seguintes competências:
- Trabalhar coletivamente de forma produtiva.
- Entender o contrato didático como um dos fatores que interferem na compreensão dos papéis e das relações envolvidas nas situações de ensino e aprendizagem, tanto na sala de aula, como no grupo de formação.
- Encarar os alunos que precisam ter sucesso em suas aprendizagens para se desenvolver pessoalmente e para ter uma imagem positiva de si mesmos.
- Estabelecer critérios para fazer agrupamentos produtivos.
- Observar o desempenho dos alunos durante as atividades, bem como suas interações nas situações de parceria.
- Reconhecer a importância de ler diariamente bons textos para os alunos, compreendendo que esse tipo de prática requer planejamento, critério de qualidade e diversidade para a seleção dos textos de qualidade.
- Reconhecer a capacidade dos alunos de produzir textos em linguagem escrita mesmo antes de saberem ler e escrever convencionalmente.
- Conhecer possibilidades de trabalho com revisão de textos, do ponto de vista discursivo, também com alunos não alfabetizados.
- Utilizar o registro escrito para documentar o trabalho pedagógico e para refletir sobre a prática profissional e o processo de formação.
- Reconhecer seu papel de modelo de referência para os alunos como leitor, como usuário da escrita e como parceiro durante as atividades.
- Identificar as principais variáveis que interferem na aprendizagem e fazer uso desse conhecimento para organizar o trabalho pedagógico.
- Analisar a produção escrita dos alunos para planejar atividades que respondam às suas necessidades de aprendizagem.
C- ompreender o processo de avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem.

Enfim, o Grupo rendeu bastante apesar do cansaço das segundas-feiras. Resta a esperança de que esta prática se efetive definitivamente no dia a dia do professor para que todos - professores e alunos sejam cada vez mais leitores e escritores competentes e façam a diferença em todos os lugares em que estejam.

As competências profissionais constroem-se, em formação, mais também ao sabor da navegação diária de um professor, de uma situação de trabalho à outra.” Le Boterf, 1997

Parabéns a todos!
Sonia Maria Dantas Neves



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

10º encontro - 2º módulo

Revendo textos bem escritos

D. Sônia iniciou nosso encontro com a leitura compartilhada. A partir da leitura retomamos nosso contrato didático, seguido de um sermão, que valeu para muitas inclusive para mim, sobre a responsabilidade de seguir um contrato que nós mesmas criamos a partir de nossas idéias de como aproveitar o máximo do curso.
O encontro do dia 07/12/2009 nos fez refletir sobre a qualidade dos textos que dispomos aos nossos alunos. Sobre quão importante é apresentar um texto bem estruturado e bem escrito aos alunos dos anos iniciais, principalmente aos menores. A imaturidade das crianças dos anos iniciais não interfere na interpretação do texto. Muito pelo contrário, quanto mais cedo nós profissionais da educação apresentarmos textos bem estruturados, melhores estruturados serão nossos alunos com relação a leitura e escrita
Com os questionamentos de D. Sônia, e o debate percebemos o quanto nossas opiniões são diversas sobre os mais variados assuntos. Mas a partir dos mesmos questionamentos, percebemos como podemos conduzir uma atividade.
Essa atividade num primeiro momento foi perceber o texto “Festança na floresta”. Algumas colegas pensaram em trabalhar o texto em algumas disciplinas especificas. Outras perceberam no texto uma forma implícita de expressar que os comportamentos dos animais eram semelhantes a alguns comportamentos do homem.
Socializado o modo de ver o texto de cada uma das colegas o segundo momento consistiu na apresentação de um filme, onde textos bem escritos eram apresentados aos alunos, e a orientação dada pela professora era de analisar o texto e em quais sentidos ele se diferenciava do texto escrito pelos alunos. Atividade muito interessante, e uma das atividades de reflexão sobre as nossas (minhas) primeiras impressões em apresentar um texto bem estruturado aos alunos de menor idade.
Apenas a leitura pode ser suficiente para algumas crianças, mas fazer os alunos pensar em como o texto foi escrito é bastante construtivo no processo de construção da leitura e da escrita. Cada pessoa que olhar um texto vai olhar coisas diferentes ou as mesmas coisas de outra forma. A forma como a professora direciona a análise do texto é que faz o aluno refletir.

Ana Paula Frazão Cavallaro

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Módulo 2 - 9º encontro

Aos 30 dias do mês de novembro e último encontro do mês, nós alunas e a professora nos encontramos mais uma vez para adquirirmos novos conhecimentos e socializarmos os velhos.
A aula iniciou com a nossa professora Sônia fazendo a leitura compartilhada e logo depois leu também a pauta, e, pela própria Dona Sônia teve início a leitura das tarefas que foi a nova versão do conto Chapeuzinho Vermelho para quem ainda não havia feito na sua sala de aula com seus alunos, e, a reestruturação para as professoras que já haviam dado início.
Após as leituras o grupo conversou sobre a importância da produção de texto em todas as fases de escolarização, pois, produzir texto é um processo, processo este que precisa ser minuciosamente, escrito e reescrito. Apenas a prática garantirá a evolução desse processo. A princípio nós professores podemos até nos perguntar: “Como um aluno sem escrita convencional produzirá um texto?”
Mas, durante o curso PROFA nós professoras/alunas aprendemos que, a partir da oralidade, passando pela produção coletiva e reestruturação teremos sim, mais tarde um escritor de texto.
Nesse momento da conversa Dona Sônia nos falou sobre a dificuldade ou os erros cometidos nas avaliações da produção de texto, afinal, já que ela é um processo, que critérios seriam usados para avaliar? Ortografia? Gramática? Itens importantes sim, porém, desnecessários para certas séries e objetivos. É muito importante que nós professores ao avaliarmos uma produção termos feito o nosso planejamento, traçado os nossos objetivos para não cometermos velhos erros que só serviriam para frustrar os alunos e nada acrescentar.
Depois dessa rede de idéias fizemos a leitura e análise do texto do aluno Renan, pontuamos os erros que percebemos.
E, ainda seguindo a pauta fizemos uma leitura compartilhada do texto “Uma estratégia para organizar a revisão de aspectos discursivos de textos escritos.” Nesse texto há um trecho dos PCN’s que explica a nossa discussão na rede de idéias que diz “...concepção da aprendizagem como construção, e um modelo de ensino por resolução de problemas. Por essa ótica, o texto “mal escrito” aparece como um objeto sobre o qual os alunos podem pensar. Podem tentar melhorá-lo com a ajuda do professor e, fazendo isso, vão se tornando mais competentes, tanto para produzir textos melhores como para desenvolver um olhar crítico sobre sua própria produção textual.”
No momento seguinte assistimos ao vídeo “Revisar para aprender escrever”, o vídeo nos mostra a questão da reescrita do texto, dos elementos que deverão ser discutidos.
Porém, de tudo o que vimos até agora durante o curso, eu particularmente, vejo com muita clareza e necessidade à questão do objetivo, pois será a partir destes, que todo processo de ensino será realizado e este por sua vez será o facilitador da aprendizagem dos nossos alunos.
Depois do vídeo voltamos a discutir a revisão do texto do Renan para colocarmos o que ainda poderia ser modificado e, por último a Profª. nos passou a tarefinha.

Christiane Montenegro

Caderno de Registro - 23/10/2009

Caderno de Registro

JOGO: Revisar para aprender a escrever – Parte I

TEMPO DE DURAÇÃO DO JOGO: de 1 dia à 1 mês
JOGADORES: 1 mediador e os competidores.
HABILIDADES DOS JOGADORES: o mediador deve ser um escritor habilidoso e os competidores devem estar munidos de diversidades de gêneros textuais e se apresentar desenvoltos para expor suas idéias.
REGRAS DO JOGO:

EM CASO DE REPRESSÃO ÀS IDÉIAS DOS JOGADORES: o repressor será eliminado.
1ª FASE: O mediador realizará a leitura de um texto ou de vários textos do mesmo gênero, após a (s) leitura (s) o grupo produzirá um texto coletivamente, onde o mediador escreve no quadro as idéias de todos os componentes do jogo.
Ao término da escrita deste texto, os jogadores se retiram da sala para deixar o objeto do jogo descansar e se distanciarem do mesmo.
Com o texto já distanciado e descansado, os jogadores retornam a sala para realizarem uma revisão, onde o mediador lê os fragmentos para que os jogadores percebam os erros e realizem as alterações que julgam ser necessárias.
2ª FASE: Após a leitura de vários textos, os jogadores devem se organizar em duplas com o desafio de produzir um texto, após terminarem esta produção o mediador as recolhem e em outro momento as devolvem com uma instrução colada no texto apontando para aspectos que necessitam de correções.
Com esta instrução as duplas realizam as correções com autonomia.
3ª FASE: Um jogador é escolhido para ser o escriba e os outros jogadores têm a missão de passar as idéias para que o escriba escreva no quadro. De acordo com a necessidade o mediador indica as correções.
GANHADORES – Ao final deste jogo, todos que participam com dedicação e vontade de aprender, são considerados vencedores, pois muitos assuntos importantes são trabalhados no que diz respeito a produção textual.
O mediador sai deste jogo como um grande vencedor, pois ele consegue desenvolver nos jogadores um potencial escritor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

7º encontro - módulo 2

Campo Grande, 16 de novembro de 2009.
É com muito prazer que faço o caderno de registro desta aula.
Como de costume, nossa Mestra chega antes para preparar a sala de aula e nos receber com entusiasmo e carinho.
Aos poucos nossas colegas chegam, rola aquele bate papo inicial, por mais que muitas trabalhem juntas, sempre temos uma história para contar um desabafo a fazer.
O tempo é curto, logo começamos as atividades da noite. Primeiramente nossa Mestra faz a leitura compartilhada: “Não sabia que era preciso”, em seguida a colega Sônia faz a leitura do caderno de registro da aula passada, este foi elaborado em forma de crônica, sendo muito interessante e fácil entendimento.
Depois do relatório lido, é hora de rever a tarefa de casa. Nossa Mestra inicia lendo a atividade da colega Cris Montenegro, a qual descreveu com muita clareza citando a loto leitura do nome, texto fatiado e parlendas.
A colega Sônia nos questiona: Será que ensinar só gramática, o aluno irá aprender a ler e escrever?
Esta pergunta logo seria esclarecida com o vídeo que iríamos assistir, mas ela ainda conclui que a escrita é um conteúdo procedimental, gostaria que o aluno fizesse sua produção de texto e ela tivesse a oportunidade de sentar com cada um para a correção necessária, mas que isso nem sempre é possível.
Já nossa colega Marcela citou Vygotsky em relação à construção da leitura, onde relaciona a interpretação, o brinquedo e o desenho. Sendo este processo para os pequenos e no 5º ano em que também leciona sugere a construção de textos jornalísticos.
Também enriqueceu a nossa aula a colega Cristiane, com a atividade de leitura de uma história, em seguida o filme da mesma história, pois nos diz que o livro possui um tipo de diálogo (a escrita) e o filme possui outra (linguagem oral), fazendo por fim o reconto com seus alunos e pode concluir o crescimento verbal e na escrita dos alunos.
Passamos então para o vídeo: ”Aprender a linguagem que se escreve”. Este nos fala da necessidade das várias formas da língua escrita.
Nossa Mestra sempre que necessário faz uma pausa no filme para acrescentar algo importante e enfatiza que a criança saber que muitas vezes falamos de uma forma, mas a escrita é de outra forma.
Há várias formas da linguagem escrita: a carta, bilhete, histórias e muitos outros, estes textos fazem parte do dia-a-dia da criança, seja escutando ou lendo.
Mesmo a criança não possuindo a capacidade da leitura, o professor empresta sua voz e é enquanto escutam que se iniciam como leitores.
É necessária a produção de textos coletivos entre os alunos, pois coletivamente vão montando, estruturando sua leitura, o tipo de narrativa. E desta forma aprendem que a linguagem que se usa para escrever é diferente da que usamos para falar. Neste ponto concretiza-se o que nossa Mestra nos falou anteriormente.
Com este pensamento surgem perguntas: Quantas vezes proporcionamos este tipo de atividade para nossos alunos? Que tipo de textos?
O modelo dos gêneros é fundamental para a produção textual, quanto mais variedades, maior o desempenho do aluno e também com maior número de gêneros é que descobriremos o gosto literário de cada um.
É importante termos claro que tão importante quanto aprender escrever/grafar é aprender escrever/redigir, aqui podemos responder a pergunta de nossa colega Sônia a respeito de aprender só a gramática basta para ler e escrever.
Por fim nossa Mestra conclui que para sermos bons professores devemos também saber ler.
Aluna
Ediane Brum.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

6º encontro - módulo 2

PRAZER COM PRAZER SE PAGA

Segunda-feira, dia 26 de outubro de 2009, a professora Sônia chega ansiosa a seu trabalho e lembra que hoje é dia de Formação Continuada, 6º encontro do segundo módulo. Seu coração dispara e a cada minuto olha no relógio, ansiosa para que o dia passe rápido.
A professora tem outras funções, mas seu maior prazer está em ensinar. Em ensinar o verdadeiro sentido da alfabetização.
- Tudo perfeito - diz a professora, sorrindo para sua companheira de trabalho.
- Eu estava com medo no início...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Medo sim! Medo que minhas seguidoras não se mostrassem motivadas no decorrer do curso.
- Mas isso tem acontecido?
- Não! Claro que não. Percebo que elas andam bastante cansadas, o final do ano está chegando, mais cobranças nas escolas. Afinal, alguns pais só se preocupam com seus filhos quando percebem o risco da reprovação. Aí, são cobranças de todos os lados. Elas não podem vacilar.
- Ah! Tenho certeza que você é uma professora bastante tolerante.
- Ah, sim! Ainda mais quando percebo que se trata de um grupo de alunas responsáveis e dedicadas como é esse.
- Hoje mesmo tem apresentação de trabalho em grupo.
- Elas fazem tarefas?
- Sim, claro que fazem! Precisam por em prática o que aprendem em sala de aula.
O dia passou rápido, está na hora. A professora Sônia se dirige ao local aonde acontece o encontro.
Chegando lá, a professora se prepara para receber suas alunas. Como sempre muito ansiosa, ela separa todo o material necessário para a aula do dia e aguarda suas seguidoras.
Uma a uma elas vão chegando e se acomodam.
- Boa noite! – diz a professora que pontualmente começa sua aula.
A leitura compartilhada não pode faltar. Em todas as aulas, esse é um momento muito especial. Sopa de pedras, título do conto escolhido por ela. As alunas ouvem atentamente, sem rumo, sem intenção, só para deixar brotar no coração o mundo incrível da leitura.
Neste dia não houve a leitura do caderno de registro, a qual é feita em todos os encontros. Ah! Mas dona Sônia levou para suas alunas o lanche do dia. Bombom, coca-cola e pão-de-queijo.
Acho que na verdade a professora Sônia estava ansiosa para ver a apresentação do trabalho recomendado a suas meninas. Afinal, são nessas horas que ela fica mais feliz, pois percebe o quanto suas sementes estão germinando.
Patrícia, Nélida e Cris iniciaram a apresentação. Com a música de Adoniram Barbosa, “O trem das onze”, encantaram não só a professora, como também o grupo presente. Cada uma mostrou como foi à atividade desenvolvida em sala de aula, o objetivo traçado e a felicidade de ver o resultado alcançado.
Caramba! Nesse momento ficou visível a felicidade da mestra. Também não é para menos. Ela percebe que toda luta tem valido à pena.
Terminada a apresentação das meninas, teve início um bate-papo muito gostoso. As meninas estavam empolgadas e falaram de suas experiências diárias em sala de aula. É verdade! Aqui mora o prazer! O prazer de ensinar!
- Vamos lá meninas! Falou a professora Sônia, retomando seu planejamento. Pediu ao grupo que lessem o texto “Dez importantes questões a considerar...” Variáveis que interferem nos resultados do trabalho pedagógico. Elas, empolgadas, iniciaram a leitura. Era tão grande a empolgação, que os comentários sobre a leitura se sucediam. A professora querendo que elas lessem e elas falando, falando, falando. Mas falando do trabalho, do árduo e prazeroso trabalho de ensinar....