quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL AOS PROFESSORES CURSISTAS E SEGUIDORES DO BLOG.

Neste Natal... Vamos...
Multiplicar AMOR
Que nossas mãos possam ser portadoras de paz...
De afagos... De carinho...
Que escorra delas os mais límpidos sentimentos...
De bálsamos... De alívio... De força... De luz...
Que possam ser espraiados na terá árida, fazendo germinar o amor entre as pessoas...
Multiplicando cada melhor essência de nós...
Fazendo-nos fortes ao meio a tempestade...
Deixando-nos ver o sol que nasce...
Que rompe a noite... Que se faz dia...
Que se faz belo... Que se faz vida!
Que se chama amor...
Feliz Natal!

11º Encontro - módulo 2 - Avaliação

"Conhecimento e ação são dois aspectos inseparáveis da atividade humana. O conhecimento não é mera contemplação, nem a prática mera atividade; separada da prática, a teoria se reduz a meros enunciados verbais; separada da teoria, a prática não é mais que um ativismo inconducente. Não há, pois, autêntico conhecimento e autêntica ação, se não se expressam numa permanente inter-relação unitária". Luiz Rigal, Sobre el sentido y uso de la investigación-acción

O último encontro do módulo 2 da Formação Continuada de Professores aconteceu no dia 14/12/2009 e teve como objetivo refletir sobre os conteúdos estudados na formação e a aplicação prática dos mesmos. Portanto os professores tiveram como tarefa escrever uma carta para a formadora analisando os conteúdos estudados, indicando quais conteúdos foram relevantes para sua prática didática, que mudanças realizou em seu planejamento e quais pretendem acrescentar a partir do próximo ano. O resultado deste trabalho final resultou nos seguintes comentários dos professores cursistas:

... no decorrer das aulas o planejamento tornou-se mais aprimorado, a leitura compartilhada mais atraente, tanto para os alunos como para a professora.” Rita Muller
“... um dos últimos conteúdos que vimos, foi o da produção coletiva de textos; não esperava que fosse tão produtiva e de fácil entendimento, tanto para meus estudos, quanto na aplicação.” Laura
“ ... posso citar os nossos longos estudos das hipóteses de escrita, como gostei daquelas aulas e como foram significativas para o meu agir em sala de aula, logo que aprendi a realizar a avaliação diagnóstica, montei um caderno de registro para minha turma e hoje analiso com alegria cada registro, percebendo a evolução de cada aluno.” Patrícia Nantes
“ ... fazer aquele memorial me fez voltar no tempo e ver o quanto eu sabia pouco em relação ao ensino e aprendizagem, não que eu agora saiba tudo, de modo algum, mas lá no comecinho do nosso curso eu acreditava naquele ensino tradicional, que foi a forma com aprendi a ler e a escrever, mas após os estudos feitos a partir do texto “As ideias, concepções e teoria que sustentam a prática de qualquer professor, mesmos quando ele não tem consciência delas” reavaliei a minha teoria e metodologia e fiz modificações na minha prática, passei realmente a acreditar no alfabetizar letrando, ou seja, introduzi no meu planejamento gêneros textuais diversificados, oportunizei aos alunos, principalmente para aqueles que não liam convencionalmente textos, já conhecidos por eles, como por exemplo cantigas de roda, para fazerem leitura na roda de leitura.” Christiane Montenegro
“...no início do curso consegui classificar minha prática, e a partir daí fui me modificando percebendo os pós e os contras da minha prática. Me perceber e me sensibilizar para os meus erros e meus acertos foi a melhor coisa que aconteceu, tanto para o meu pessoal quanto para o meu profissional.” Ana Paula
“.... muitas coisas maravilhosas que aprendi pude colocar em prática... valorizar os momentos de criação de meus alunos, através da escrita, oportunizando sempre a retomada... construindo a escrita e a leitura aos poucos... a troca de experiência com as colegas foram aproveitadas, cada uma trouxe um pouco, mesmo na hora das dúvidas, dos erros podemos avaliar como estamos ensinando nossos alunos. O ano que vem nos veremos, pois gostaria de assistir algumas aulas e reforçar o que aprendi neste ano de 2009”. Ediane
“... o aspecto mais relevante foi ter crescido não só como pessoa, mas muito mais como profissional. ... Hoje como professora de Língua Portuguesa sinto-me um pouco triste, por ver que os alunos chegam as séries finais sem o domínio da leitura. E cabe a nós, todos nós, independente da área que atuamos, abraçarmos com responsabilidade essa causa, para que essa realidade seja transformada. Tenho muitos planos para minha prática em 2010. Quero encantar meus alunos com a leitura, com a produção de textos. Quero desafiá-los a serem cada vez melhores”. Sonia Cristina
“... foi muito bom tudo o que aprendi no curso, pois os conteúdos estudados foram de grande valor, aumentaram meus conhecimentos.” Mércia Cristina
“... para mim enquanto professora da Educação Infantil foi gratificante o detalhamento do processo de aprendizagem, as estratégias usadas para que o aluno se interesse pela leitura mesmo aqueles que não o faz convencionalmente, adequação das atividades, enfim, o real papel do professor.” Menuza Casavechia
“... aprendi muito. Faço todos os dias leitura compartilhada, levo sempre texto interessante, retomamos os nossos combinados do dia a dia. Sei que aprendi e errei em alguns momentos, mas para o ano de 2010 quero colocar em prática tudo que aprendi no curso.” Aline Fagundes
“... o que me surpreendeu foram as últimas aulas onde pudemos ver como conduzir os alunos a produzirem textos de qualidade, mesmo quando estes não escrevem ou lêem convencionalmente. E quanto aos textos que apresentamos a eles se queremos que produzam textos de qualidade temos que ler textos de qualidade, isto é, algo que com certeza vai ser acrescentado no meu planejamento, sempre tive a idéia que para os menores teria que apresentar apenas textos fáceis com ilustração, porém pude notar com é satisfatório trabalhar textos de qualidade com alunos que ainda são pequenos.” Cristiane Oliveira
“... ao longo desses oito meses foram feitos estudos e reflexões sobre alfabetização, leitura, hipótese de escrita, como fazer registros de forma organizada, como planejar, situações didáticas, concepção de ensino e aprendizagem, critérios para formação de grupo entre muitos outros. Essa formação contribuiu e supriu o que eu almejava, pois durante todo esse período consegui entender e acompanhar minhas filhas em sua alfabetização e não cobrá-las demais e nem a sua perfeição, pois tudo tem sua hora e momento. Para o próximo ano acrescentarei a leitura compartilhada, amarrarei um contrato didático e sempre retomá-lo, procurarei prestar mais atenção na formação dos grupos, dentre outras mudanças”. Valéria Storti (professora de Ciências EF 2)
“... iniciei 2009 bastante insegura de assumir novamente um 1º ano, do qual pensava ter me livrado, sim livrado, essa é a palavra, mas hoje vejo como cresci e aprimorei-me, aprendi a avaliar, observar, mediar e até produzir atividades de maior qualidade, com isso a insegurança do lº ano se foi e hoje abraço com segurança, conhecimento e tranqüilidade, até mesmo um 1º ano para 2010, porém agora mais feliz”. Nélida Cássia
“... Aprendi durante o curso a adequar as necessidades de aprendizagem dos alunos, a observar o desempenho individual e a fazer intervenções pedagógicas mais adequadas. Incorporei a hábito de fazer agrupamentos heterogêneos considerando seus conhecimentos e suas características pessoais e isso fez com que meu trabalho fosse mais produtivo. A retomada diária do contrato de trabalho fez com que os alunos se comprometessem mais. Para 2010 quero aperfeiçoar minha prática pedagógica para melhorar o que já foi bom em 2009 e consertar o que não deu certo”. Christine Ribeiro
“... Ao longo deste ano a cada segunda-feira nós éramos esperadas com uma rotina padronizada e a contento das atividades do dia. Esta prática foi a primeira metodologia que implantei em minhas aulas, pois anteriormente acreditava que aulas lúdicas e operacionais, eram aulas que não seguiam um padrão determinado. Quando implantei a rotina, logo percebi a diferença: os alunos estabeleceram uma atitude de respeito e atenção aos conteúdos ministrados. Os agrupamentos causaram-me muitas polêmicas internas, porém, aplicando a teoria em sala de aula, foi possível agrupar com sucesso alunos de 5º ano com um número de 30 alunos no total: trios, duplas e quartetos. Os com mais desempenho com os alunos com menos desempenho (porém com funções determinadas para a não acomodação); todos os agrupamentos com responsabilidades determinadas no início das aulas”. Marcela R. Zanardi

Fazendo um balanço do desenvolvimento deste módulo e do grupo

As questões de natureza didática, que começaram a ser abordadas em seus fundamentos no módulo 1, foram aprofundadas no Módulo 2, tanto do ponto de vista teórico quanto do ponto de vista prático, demonstrando que a alfabetização faz parte de um processo mais amplo de ensino e aprendizagem de diferentes usos da linguagem escrita, ou seja, faz parte de um processo de letramento, demonstrando como isso acontece na prática.
As professoras alunas desta formação através de seus trabalhos pessoais e discussões nos encontros demonstraram a aquisição das seguintes competências:
- Trabalhar coletivamente de forma produtiva.
- Entender o contrato didático como um dos fatores que interferem na compreensão dos papéis e das relações envolvidas nas situações de ensino e aprendizagem, tanto na sala de aula, como no grupo de formação.
- Encarar os alunos que precisam ter sucesso em suas aprendizagens para se desenvolver pessoalmente e para ter uma imagem positiva de si mesmos.
- Estabelecer critérios para fazer agrupamentos produtivos.
- Observar o desempenho dos alunos durante as atividades, bem como suas interações nas situações de parceria.
- Reconhecer a importância de ler diariamente bons textos para os alunos, compreendendo que esse tipo de prática requer planejamento, critério de qualidade e diversidade para a seleção dos textos de qualidade.
- Reconhecer a capacidade dos alunos de produzir textos em linguagem escrita mesmo antes de saberem ler e escrever convencionalmente.
- Conhecer possibilidades de trabalho com revisão de textos, do ponto de vista discursivo, também com alunos não alfabetizados.
- Utilizar o registro escrito para documentar o trabalho pedagógico e para refletir sobre a prática profissional e o processo de formação.
- Reconhecer seu papel de modelo de referência para os alunos como leitor, como usuário da escrita e como parceiro durante as atividades.
- Identificar as principais variáveis que interferem na aprendizagem e fazer uso desse conhecimento para organizar o trabalho pedagógico.
- Analisar a produção escrita dos alunos para planejar atividades que respondam às suas necessidades de aprendizagem.
C- ompreender o processo de avaliação como parte do processo de ensino e aprendizagem.

Enfim, o Grupo rendeu bastante apesar do cansaço das segundas-feiras. Resta a esperança de que esta prática se efetive definitivamente no dia a dia do professor para que todos - professores e alunos sejam cada vez mais leitores e escritores competentes e façam a diferença em todos os lugares em que estejam.

As competências profissionais constroem-se, em formação, mais também ao sabor da navegação diária de um professor, de uma situação de trabalho à outra.” Le Boterf, 1997

Parabéns a todos!
Sonia Maria Dantas Neves



terça-feira, 22 de dezembro de 2009

10º encontro - 2º módulo

Revendo textos bem escritos

D. Sônia iniciou nosso encontro com a leitura compartilhada. A partir da leitura retomamos nosso contrato didático, seguido de um sermão, que valeu para muitas inclusive para mim, sobre a responsabilidade de seguir um contrato que nós mesmas criamos a partir de nossas idéias de como aproveitar o máximo do curso.
O encontro do dia 07/12/2009 nos fez refletir sobre a qualidade dos textos que dispomos aos nossos alunos. Sobre quão importante é apresentar um texto bem estruturado e bem escrito aos alunos dos anos iniciais, principalmente aos menores. A imaturidade das crianças dos anos iniciais não interfere na interpretação do texto. Muito pelo contrário, quanto mais cedo nós profissionais da educação apresentarmos textos bem estruturados, melhores estruturados serão nossos alunos com relação a leitura e escrita
Com os questionamentos de D. Sônia, e o debate percebemos o quanto nossas opiniões são diversas sobre os mais variados assuntos. Mas a partir dos mesmos questionamentos, percebemos como podemos conduzir uma atividade.
Essa atividade num primeiro momento foi perceber o texto “Festança na floresta”. Algumas colegas pensaram em trabalhar o texto em algumas disciplinas especificas. Outras perceberam no texto uma forma implícita de expressar que os comportamentos dos animais eram semelhantes a alguns comportamentos do homem.
Socializado o modo de ver o texto de cada uma das colegas o segundo momento consistiu na apresentação de um filme, onde textos bem escritos eram apresentados aos alunos, e a orientação dada pela professora era de analisar o texto e em quais sentidos ele se diferenciava do texto escrito pelos alunos. Atividade muito interessante, e uma das atividades de reflexão sobre as nossas (minhas) primeiras impressões em apresentar um texto bem estruturado aos alunos de menor idade.
Apenas a leitura pode ser suficiente para algumas crianças, mas fazer os alunos pensar em como o texto foi escrito é bastante construtivo no processo de construção da leitura e da escrita. Cada pessoa que olhar um texto vai olhar coisas diferentes ou as mesmas coisas de outra forma. A forma como a professora direciona a análise do texto é que faz o aluno refletir.

Ana Paula Frazão Cavallaro

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Módulo 2 - 9º encontro

Aos 30 dias do mês de novembro e último encontro do mês, nós alunas e a professora nos encontramos mais uma vez para adquirirmos novos conhecimentos e socializarmos os velhos.
A aula iniciou com a nossa professora Sônia fazendo a leitura compartilhada e logo depois leu também a pauta, e, pela própria Dona Sônia teve início a leitura das tarefas que foi a nova versão do conto Chapeuzinho Vermelho para quem ainda não havia feito na sua sala de aula com seus alunos, e, a reestruturação para as professoras que já haviam dado início.
Após as leituras o grupo conversou sobre a importância da produção de texto em todas as fases de escolarização, pois, produzir texto é um processo, processo este que precisa ser minuciosamente, escrito e reescrito. Apenas a prática garantirá a evolução desse processo. A princípio nós professores podemos até nos perguntar: “Como um aluno sem escrita convencional produzirá um texto?”
Mas, durante o curso PROFA nós professoras/alunas aprendemos que, a partir da oralidade, passando pela produção coletiva e reestruturação teremos sim, mais tarde um escritor de texto.
Nesse momento da conversa Dona Sônia nos falou sobre a dificuldade ou os erros cometidos nas avaliações da produção de texto, afinal, já que ela é um processo, que critérios seriam usados para avaliar? Ortografia? Gramática? Itens importantes sim, porém, desnecessários para certas séries e objetivos. É muito importante que nós professores ao avaliarmos uma produção termos feito o nosso planejamento, traçado os nossos objetivos para não cometermos velhos erros que só serviriam para frustrar os alunos e nada acrescentar.
Depois dessa rede de idéias fizemos a leitura e análise do texto do aluno Renan, pontuamos os erros que percebemos.
E, ainda seguindo a pauta fizemos uma leitura compartilhada do texto “Uma estratégia para organizar a revisão de aspectos discursivos de textos escritos.” Nesse texto há um trecho dos PCN’s que explica a nossa discussão na rede de idéias que diz “...concepção da aprendizagem como construção, e um modelo de ensino por resolução de problemas. Por essa ótica, o texto “mal escrito” aparece como um objeto sobre o qual os alunos podem pensar. Podem tentar melhorá-lo com a ajuda do professor e, fazendo isso, vão se tornando mais competentes, tanto para produzir textos melhores como para desenvolver um olhar crítico sobre sua própria produção textual.”
No momento seguinte assistimos ao vídeo “Revisar para aprender escrever”, o vídeo nos mostra a questão da reescrita do texto, dos elementos que deverão ser discutidos.
Porém, de tudo o que vimos até agora durante o curso, eu particularmente, vejo com muita clareza e necessidade à questão do objetivo, pois será a partir destes, que todo processo de ensino será realizado e este por sua vez será o facilitador da aprendizagem dos nossos alunos.
Depois do vídeo voltamos a discutir a revisão do texto do Renan para colocarmos o que ainda poderia ser modificado e, por último a Profª. nos passou a tarefinha.

Christiane Montenegro

Caderno de Registro - 23/10/2009

Caderno de Registro

JOGO: Revisar para aprender a escrever – Parte I

TEMPO DE DURAÇÃO DO JOGO: de 1 dia à 1 mês
JOGADORES: 1 mediador e os competidores.
HABILIDADES DOS JOGADORES: o mediador deve ser um escritor habilidoso e os competidores devem estar munidos de diversidades de gêneros textuais e se apresentar desenvoltos para expor suas idéias.
REGRAS DO JOGO:

EM CASO DE REPRESSÃO ÀS IDÉIAS DOS JOGADORES: o repressor será eliminado.
1ª FASE: O mediador realizará a leitura de um texto ou de vários textos do mesmo gênero, após a (s) leitura (s) o grupo produzirá um texto coletivamente, onde o mediador escreve no quadro as idéias de todos os componentes do jogo.
Ao término da escrita deste texto, os jogadores se retiram da sala para deixar o objeto do jogo descansar e se distanciarem do mesmo.
Com o texto já distanciado e descansado, os jogadores retornam a sala para realizarem uma revisão, onde o mediador lê os fragmentos para que os jogadores percebam os erros e realizem as alterações que julgam ser necessárias.
2ª FASE: Após a leitura de vários textos, os jogadores devem se organizar em duplas com o desafio de produzir um texto, após terminarem esta produção o mediador as recolhem e em outro momento as devolvem com uma instrução colada no texto apontando para aspectos que necessitam de correções.
Com esta instrução as duplas realizam as correções com autonomia.
3ª FASE: Um jogador é escolhido para ser o escriba e os outros jogadores têm a missão de passar as idéias para que o escriba escreva no quadro. De acordo com a necessidade o mediador indica as correções.
GANHADORES – Ao final deste jogo, todos que participam com dedicação e vontade de aprender, são considerados vencedores, pois muitos assuntos importantes são trabalhados no que diz respeito a produção textual.
O mediador sai deste jogo como um grande vencedor, pois ele consegue desenvolver nos jogadores um potencial escritor.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

7º encontro - módulo 2

Campo Grande, 16 de novembro de 2009.
É com muito prazer que faço o caderno de registro desta aula.
Como de costume, nossa Mestra chega antes para preparar a sala de aula e nos receber com entusiasmo e carinho.
Aos poucos nossas colegas chegam, rola aquele bate papo inicial, por mais que muitas trabalhem juntas, sempre temos uma história para contar um desabafo a fazer.
O tempo é curto, logo começamos as atividades da noite. Primeiramente nossa Mestra faz a leitura compartilhada: “Não sabia que era preciso”, em seguida a colega Sônia faz a leitura do caderno de registro da aula passada, este foi elaborado em forma de crônica, sendo muito interessante e fácil entendimento.
Depois do relatório lido, é hora de rever a tarefa de casa. Nossa Mestra inicia lendo a atividade da colega Cris Montenegro, a qual descreveu com muita clareza citando a loto leitura do nome, texto fatiado e parlendas.
A colega Sônia nos questiona: Será que ensinar só gramática, o aluno irá aprender a ler e escrever?
Esta pergunta logo seria esclarecida com o vídeo que iríamos assistir, mas ela ainda conclui que a escrita é um conteúdo procedimental, gostaria que o aluno fizesse sua produção de texto e ela tivesse a oportunidade de sentar com cada um para a correção necessária, mas que isso nem sempre é possível.
Já nossa colega Marcela citou Vygotsky em relação à construção da leitura, onde relaciona a interpretação, o brinquedo e o desenho. Sendo este processo para os pequenos e no 5º ano em que também leciona sugere a construção de textos jornalísticos.
Também enriqueceu a nossa aula a colega Cristiane, com a atividade de leitura de uma história, em seguida o filme da mesma história, pois nos diz que o livro possui um tipo de diálogo (a escrita) e o filme possui outra (linguagem oral), fazendo por fim o reconto com seus alunos e pode concluir o crescimento verbal e na escrita dos alunos.
Passamos então para o vídeo: ”Aprender a linguagem que se escreve”. Este nos fala da necessidade das várias formas da língua escrita.
Nossa Mestra sempre que necessário faz uma pausa no filme para acrescentar algo importante e enfatiza que a criança saber que muitas vezes falamos de uma forma, mas a escrita é de outra forma.
Há várias formas da linguagem escrita: a carta, bilhete, histórias e muitos outros, estes textos fazem parte do dia-a-dia da criança, seja escutando ou lendo.
Mesmo a criança não possuindo a capacidade da leitura, o professor empresta sua voz e é enquanto escutam que se iniciam como leitores.
É necessária a produção de textos coletivos entre os alunos, pois coletivamente vão montando, estruturando sua leitura, o tipo de narrativa. E desta forma aprendem que a linguagem que se usa para escrever é diferente da que usamos para falar. Neste ponto concretiza-se o que nossa Mestra nos falou anteriormente.
Com este pensamento surgem perguntas: Quantas vezes proporcionamos este tipo de atividade para nossos alunos? Que tipo de textos?
O modelo dos gêneros é fundamental para a produção textual, quanto mais variedades, maior o desempenho do aluno e também com maior número de gêneros é que descobriremos o gosto literário de cada um.
É importante termos claro que tão importante quanto aprender escrever/grafar é aprender escrever/redigir, aqui podemos responder a pergunta de nossa colega Sônia a respeito de aprender só a gramática basta para ler e escrever.
Por fim nossa Mestra conclui que para sermos bons professores devemos também saber ler.
Aluna
Ediane Brum.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

6º encontro - módulo 2

PRAZER COM PRAZER SE PAGA

Segunda-feira, dia 26 de outubro de 2009, a professora Sônia chega ansiosa a seu trabalho e lembra que hoje é dia de Formação Continuada, 6º encontro do segundo módulo. Seu coração dispara e a cada minuto olha no relógio, ansiosa para que o dia passe rápido.
A professora tem outras funções, mas seu maior prazer está em ensinar. Em ensinar o verdadeiro sentido da alfabetização.
- Tudo perfeito - diz a professora, sorrindo para sua companheira de trabalho.
- Eu estava com medo no início...
- Por quê? Não havia risco nenhum.
- Medo sim! Medo que minhas seguidoras não se mostrassem motivadas no decorrer do curso.
- Mas isso tem acontecido?
- Não! Claro que não. Percebo que elas andam bastante cansadas, o final do ano está chegando, mais cobranças nas escolas. Afinal, alguns pais só se preocupam com seus filhos quando percebem o risco da reprovação. Aí, são cobranças de todos os lados. Elas não podem vacilar.
- Ah! Tenho certeza que você é uma professora bastante tolerante.
- Ah, sim! Ainda mais quando percebo que se trata de um grupo de alunas responsáveis e dedicadas como é esse.
- Hoje mesmo tem apresentação de trabalho em grupo.
- Elas fazem tarefas?
- Sim, claro que fazem! Precisam por em prática o que aprendem em sala de aula.
O dia passou rápido, está na hora. A professora Sônia se dirige ao local aonde acontece o encontro.
Chegando lá, a professora se prepara para receber suas alunas. Como sempre muito ansiosa, ela separa todo o material necessário para a aula do dia e aguarda suas seguidoras.
Uma a uma elas vão chegando e se acomodam.
- Boa noite! – diz a professora que pontualmente começa sua aula.
A leitura compartilhada não pode faltar. Em todas as aulas, esse é um momento muito especial. Sopa de pedras, título do conto escolhido por ela. As alunas ouvem atentamente, sem rumo, sem intenção, só para deixar brotar no coração o mundo incrível da leitura.
Neste dia não houve a leitura do caderno de registro, a qual é feita em todos os encontros. Ah! Mas dona Sônia levou para suas alunas o lanche do dia. Bombom, coca-cola e pão-de-queijo.
Acho que na verdade a professora Sônia estava ansiosa para ver a apresentação do trabalho recomendado a suas meninas. Afinal, são nessas horas que ela fica mais feliz, pois percebe o quanto suas sementes estão germinando.
Patrícia, Nélida e Cris iniciaram a apresentação. Com a música de Adoniram Barbosa, “O trem das onze”, encantaram não só a professora, como também o grupo presente. Cada uma mostrou como foi à atividade desenvolvida em sala de aula, o objetivo traçado e a felicidade de ver o resultado alcançado.
Caramba! Nesse momento ficou visível a felicidade da mestra. Também não é para menos. Ela percebe que toda luta tem valido à pena.
Terminada a apresentação das meninas, teve início um bate-papo muito gostoso. As meninas estavam empolgadas e falaram de suas experiências diárias em sala de aula. É verdade! Aqui mora o prazer! O prazer de ensinar!
- Vamos lá meninas! Falou a professora Sônia, retomando seu planejamento. Pediu ao grupo que lessem o texto “Dez importantes questões a considerar...” Variáveis que interferem nos resultados do trabalho pedagógico. Elas, empolgadas, iniciaram a leitura. Era tão grande a empolgação, que os comentários sobre a leitura se sucediam. A professora querendo que elas lessem e elas falando, falando, falando. Mas falando do trabalho, do árduo e prazeroso trabalho de ensinar....

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Caderno de Registro - Módulo 2 - 5º encontro

Campo Grande- MS, 25 de Outubro de 2009.
Oi prima,
Que surpresa esta carta, né? Estou estudando um pouco sobre as cartas e decidi escrever para você e contar o que ando fazendo, assim aproveito para colocar a fofoca em dia. Hehehe...
Estou participando de um curso todas as segundas-feiras, já estou no segundo módulo, no quinto encontro, uma formação continuada em alfabetização oferecida pela FUNLEC, tenho uma ótima mestra chamada Sônia, ela é a Coordenadora Pedagógica de Educação Básica da FUNLEC.
Na segunda-feira passada ela compartilhou um texto chamado: Aprender a ler: um pouco de história, muito interessante, na qual mostra os recursos dos antigos para aprender a ler e muitos aprenderam através da Bíblia. Até me lembrei de nossas aulas de catequese, aí que saudade do nosso tempo de criança!
Nós temos neste curso um caderno de registro onde relatamos os nossos encontros e não deixamos nada para trás e no encontro passado a nossa colega Valéria fez o registro através de diário, foi lindo! finalizou com uma mensagem a todos nós. Nós deveríamos ter feito um diário para não esquecermos os detalhes e momentos ricos como este.
Temos tarefas também e não podemos deixar de realizá-las, se lembra quando éramos pequenas o que nos acontecia se não fizéssemos a tarefa?
Voltando a minha aula, a mestra também trabalha em grupos e neste dia fiquei muito tensa, pois minha companheira de grupo não estava bem, e como somos muito ligadas à família sei muito bem como ela se sentiu, por isso não me concentrei como devia, pois estava preocupada, na verdade todas ficamos assim.
Bom, neste curso também assistimos vídeos de relatos, experiências de outros pedagogos e acabamos tendo muitas idéias para nossa prática. Nesta aula assistimos o vídeo "Textos que se sabe de cor" e realizamos uma atividade reflexiva com a parlenda Rei Capitão.
Esta atividade foi difícil de registrar pois não conseguíamos nos concentrar, por fim concluímos e a colega Menuza ainda não havia tido notícias de sua família. Isso é notícia somente de um dia de curso!
Estou trabalhando os dois períodos: toda segunda-feira faço este curso, terça tenho encontro de estudos de outra escola sobre Bulling,às quartas feiras tenho curso com a fonoaudióloga Lilian Ferro, às quintas-feiras estou no intermediário do curso de Libras, sextas-feiras tenho feito estágio ou ensaio de Libras, ou seja, não tenho dias, tardes ou noites livres, neste sábado e domingo trabalharei com uma mostra de artes. Bom também tenho os planos e outras assessorias familiares.
Mas estou muito feliz com minhas conquistas, tenho aprendido muito e isso irei levar para a vida.
Bom, espero que também tenha muitas novidades para me contar, pois não te contei nada perto do que tem me acontecido, saudades de todos. Amo vocês, se cuidem!
Mandem notícias!
Beijinhos da prima Fabi Oshiro

Caderno de registro - Módulo 2 4º encontro

Meu querido diário!!!

Como de rotina, desde abril, relato aqui como foi minha noite do curso de formação continuada em alfabetização.
Vou desabafar antes de relatar... Quando recebi o e-mail com a programação do curso, pensei no que ele me acrescentaria... Troquei ideias com quem já havia feito, Maria Teresa (coordenadora), minha irmã Simone, e foi só incentivo, pensei, refleti e resolvi fazê-lo. Os benefícios para mim seriam no acompanhamento da alfabetização de minhas filhas.
Nesta noite, a mestra D. Sônia fez a leitura da biografia de Lampião e Maria Bonita, que era o apelido de um conhecido líder de um grupo de cangaceiros, na região Nordeste e ela sua mulher e companheira.
Como já retornamos muitas vezes ao contrato didático e sempre está tudo ok e sem acrescentar nada, fomos à diante.
Quanto ao caderno de registro, a Cris Montenegro se desculpou por e-mail com D. Sônia (depois pessoalmente) por esquecer completamente de escrevê-lo. Sabe, nossa profissão exige muita dedicação e trabalho constante, em casa, na escola e sempre no pensamento. Muitas vezes falhamos, pois não somos de ferro.
Na aula anterior, algumas alunas ficaram encarregadas de realizar um trabalho com nomes próprios (Patrícia, Cris, Mércia, Cris Montenegro) e elas relataram os trabalhos maravilhosos realizados com seus alunos.
Sabe querido diário, desde que me iniciei como professora, amo dar aulas e ter esse contado com os pré-adolescente e adolescentes, aprendi muito até ter muita paciência, desconhecida até então.
Escrevi tudo isso para poder expressar minha ainda maior admiração às alfabetizadoras e educadoras, pois são dedicadas, pacientes, estrategistas e demonstram prazer no que fazem e realizam, enfim, parabéns amigas, vocês são dez e as admiro muito mais do que antes.
Voltando aos relatos da aula; a mestra distribuiu uma lista de palavras e separou a sala em duplas para discutirmos. Nós deveríamos considerar que as listas não são de palavras memorizadas, os alunos que não sabem ler convencionalmente conseguirão ler os dois tipos de lista? Se sim, explicar e se não por quê?
As discussões foram realizadas com dificuldades, mas conseguimos concluir e socializar.
As duplas chegaram à mesma conclusão, que os alunos, para lerem uma lista, deverão receber uma dica da professora, deve ser de um mesmo campo semântico (novo conceito que aprendi hoje) e com uso de estratégia de antecipação e checagem.
Assistimos a um vídeo que se referia às práticas para trabalhar com listas, as ações docentes e representação construídas pelos alunos nos trabalhos com listas e a história da lista
Concluí que o trabalho com lista é muito interessante para aqueles alunos que ainda não sabem ler, pois elas podem ser diversificadas como de desenhos animados, frutas, contos, e assim vai...
Aprendi hoje, também, que utilizando estratégia de antecipação e checagem, o desenvolvimento do processo de leitura através das listas faz os alunos pensarem, pois precisam lembrar com que letra começa, quantas letras possui, a ordem. O aluno aprende a construir seu conhecimento.
A mestra depois do vídeo, solicitou que voltássemos às duplas para fazermos um rol de lista para serem trabalhadas com alfabetização.
Existem alguns princípios didáticos para trabalharmos com listas como: os alunos deverão tomar decisões; o conteúdo tem que ser sócio-real (concreto) e a organização da tarefa garante o máximo de circulação de informações aos alunos.
D. Sônia, após o vídeo, solicitou que novamente voltássemos às duplas para rever a primeira, lêssemos novamente nossas conclusões e se gostaríamos de mudá-las, mas praticamente todas as duplas continuaram com o que já haviam concluído.
Sabe o que é muito legal fazer com os aluno? O livro de adivinhações, pois em duplas ou trios os alunos lêem e escrevem.
A mestra nos entregou o texto Contribuições à pratica pedagógica 7, e para terminar a aula, a mestra solicitou que nós falássemos o que aprendemos e assim concluímos a aula de hoje.
Eu aprendi muito, pois não sabia o que era estratégia de antecipação e campo semântico.
Querido diário, vou terminando por aqui, pois tenho muito o que planejar para colocar na prática os ensinamentos da mestra e realizar minha tarefa, que é um atividade onde devo ajudar uma colega em sua prática pedagógica.

A vocês amigas que admiro, agradeço por conhecê-las e fazer parte da construção do meu conhecimento em alfabetização.

Valéria Storti

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

3º Encontro - Módulo 2

Caderno de registro - 28/09/2009

Aos vinte e oito dias do mês de setembro do ano de dois mil e nove o grupo de professores da Funlec se encontraram mais uma vez, para mais um dia de novos conhecimentos. Estamos no terceiro encontro do módulo 2 e o tema foi “O PRÓPRIO NOME E OS NOMES PRÓPRIOS”. A aula teve início com a nossa professora Sônia fazendo a leitura compartilhada, logo após, foi feita a leitura do caderno de registro da aula anterior, Dna. Sônia perguntou a nós alunas se há alguma coisa a ser mudado no contrato didático, mas nada foi alterado. No momento seguinte, foram formados grupos para socializarmos as aprendizagens sobre a heterogeneidade e os agrupamentos feito em sala de aula pelos professores, como diretriz tínhamos três pontos para refletirmos “o que não sabia, e agora sei”; “o que sabia pouco, e pude saber mais” e “o que já sabia, e pude aprofundar mais” o que foi falado por todos os grupos foi a questão dos agrupamentos cooperativos, e também a formação de grupos com níveis de aprendizado diferenciados entre os alunos para que haja confronto das hipóteses dos mesmos e estes possam avançar nos seus conhecimentos, e o que todos nós percebemos da realidade dos agrupamentos feito em sala de aula é que os professores fazer agrupamentos buscando ter o controle da sala, a questão comportamental ainda é fator importante para que os professores formem os grupos com seus alunos. Após socializarmos nossas idéias sobre esse assunto recebemos textos que tratam do trabalho pedagógico com nomes próprios e uma atividade para ser desenvolvida em grupo sobre a importância do nome próprio no processo de alfabetização; quais atividades com nomes próprios consideramos adequadas e fizemos uma lista com atividades que proporcione o aprendizado com desafio aos alunos. Então, após um tempinho os grupos compartilharam suas idéias, assim, vimos que é extremamente importante nós professores desenvolvermos o processo de alfabetização através do nome, afinal, o nome é uma palavra estável e através dele a criança aprende e ganha segurança nessa fase da sua vida, onde está começando e precisa ter confiança em si mesma. Sendo assim, os nomes próprios são disparadores de reflexões. A discussão sobre o assunto faz com que analisemos nossos próprios conceitos sobre o processo de ensino/aprendizagem. Assim, continuamos nossa aula, assistimos ao vídeo “O próprio nome e os nomes próprios” e depois retomamos ao grupo para revermos a lista de atividades com nomes próprios e verificarmos se mudaríamos alguma coisa, porém, o que mais aconteceu foi um acréscimo na lista de atividades, e, também ficou claro que com a escrita do nome próprio o aluno poderá refletir sobre o sistema de escrita e da base alfabética; a forma e o valor sonoro convencional das letras; quantidade de letras necessárias para escrever o nome; a posição e a ordem das letras em um escrita convencional e a realidade convencional da escrita, o que serve de referência para checar as próprias hipóteses. Após tantas reflexões entre o grupo de estudo sobre as nossas práticas pedagógicas a profª. Sônia nos informou sobre o trabalho pessoal para o próximo encontro. E, assim, terminamos mais um dos nossos encontros.

Cristiane Montenegro

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

2º encontro do Módulo 2

Memórias do encontro de 21/09/2009

Iniciamos nosso encontro socializando nossa tarefa. A importância da rotina e como incluir nela os projetos realizados pela escola.
Muito significativa foi à apresentação da professora Marcela Zanardi, bem organizada, ela acrescenta textos alternados para elaboração de suas aulas, não se prendendo ao material didático fornecido pela escola. Dependendo do assunto do texto, ou de sua complexidade, esse texto pode ser trabalhado durante uma ou mais semanas.
Finalizamos a socialização de nossa tarefa com os comentários de nossa Coordenadora Mestra, Sônia Dantas.
“Se não inserimos nossos projetos em nosso planejamento seja ele mensal, semanal ou diário, o projeto é engolido pelo tempo”. E ele necessita de tempo suficiente para que possa ser alterado se necessário, essa necessidade de que falo parte das dúvidas das crianças em sala, pois o projeto não caminha apenas nas linhas de pensamento dos professores.
Como um assunto nos encaminha a outro, partimos a falar das variadas formas de planejar, não há planejamento fixo que agrade a todos, assim como somos diferentes físico e psicologicamente, nossa forma de organização, de ver os alunos, seu crescimento e/ou sua dificuldade também são diferentes, daí a importância da organização do planejamento ser pessoal com orientação, para que nada falte.
Assim como:
Conhecimento prévio do aluno sobre o conteúdo lido;
Atividades programadas para reflexão da leitura e da escrita;
Apresentação de gêneros literários variados;
Tempo reservado para roda de conversa;
Tempo garantido para trabalhar outras áreas do conhecimento;
Guiando-nos mais uma vez, nossa Coordenadora Mestra nos entregou o texto Planejando agrupamentos produtivos. Nossa tarefa era agrupar os alunos mencionados no texto, levando em consideração o temperamento de cada criança e o que eles já sabem sobre a escrita. Fizemos grupos e começamos o trabalho. Antes que nos fosse revelada a resposta assistimos a um vídeo O que temos de igual é sermos diferentes. No vídeo assistimos as considerações de Marta Karl, que diz: “Não há como agrupar uma sala de alunos homogêneos, impossível. Por mais alfabetizadas que as crianças sejam, são sempre diferentes”. E de Telma Weisz: “Não há facilidade em trabalhar com homogeneidade, as crianças não lêem e escrevem do mesmo jeito. Quando falamos em homogeneidade falamos em empirismo, é como se a criança viesse vazia para a escola, e na escola ela começa a se encher com o ensinar do professor”.
Retomamos o texto Planejando agrupamentos produtivos, e partimos para as atividades. Cada grupo com suas hipóteses, porque também somos diferentes. Ao final do desenvolvimento de cada grupo, a Coordenadora Mestra nos trouxe a resposta. Muitos acertaram outros nem tanto, isso só nos mostra que estamos no caminho certo, aprendendo e tentando aprender a cada nova segunda feira. Considerações finais para pensar e apreender:
Não faça grupo burocrático;
O trabalho em grupo não está ligado a organização espacial da sala;
Troque as crianças de grupo sempre que as hipóteses não contribuir mais para o crescimento de ambas;
Conte histórias para alunos que ainda não escrevem convencionalmente, e agrupe com alunos que escrevam convencionalmente, o aluno com enredo conta ao aluno que escreve, e este redige a história contada pelo colega.

Ana Paula

terça-feira, 22 de setembro de 2009

1º encontro Módulo 2

CADERNO DE REGISTRO: 14/09/2009

Muitas das expectativas de aprendizagem se repetem passando de um módulo a outro, uma vez que são orientadoras das propostas e representam conquistas progressivas, que vão se aprofundando com o tempo. No módulo 2 há especificidades de novas discussões.
Iniciamos nosso encontro com a recepção que é peculiar e rotina.
O texto inicial, uma lição de vida! Neste texto um neto pergunta e o avô responde. Ambos estão preocupados com o sentido da vida e da morte e com a importância da perseverança, da persistência e da superação. A vida é um eterno ir e vir de alegria e tristeza, luz e escuridão, prazer e dor, vida e morte. Quando o pai de um jovem morre, ele procura seu avô em busca de consolo. Juntos se sentam sob uma árvore e o avô expõe a sua perspectiva de vida, a perseverança necessária e o prazer e a dor da jornada. O jovem é Joseph Marshall III e as lições provocativas pelas quais passou trarão conforto e inspiração a todos/as os que buscam compreender os desafios da vida. Keep going ou: siga em frente... para todos que buscam sábias lições de vida.
Na sequência houve uma conversa informal: Deliberação de informações; Visita ao COC e novidades relacionadas ao material didático; Informações a respeito das ações da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo;
Leitura do Caderno de Registro: Cris e Rita. Elas montaram um jornalzinho – Time da formação continuada... Essas meninas são de uma organização e criatividade fantásticas... Isso nossa tutora chama de “Competência escritora”, pois só aprendemos a produzir textos, produzindo-os.Alguns norteadores dessa atividade são: a correção coletiva, a reestruturação da escrita... Escrita= processo + tempo + conhecimento de um repertório variado.
* A leitura do contrato didático, ficou por conta de nossa colega Laura.
Socializou-se a tarefa na rede de ideias, onde todas apresentaram suas contribuições. Porém, nossa colega Christiane Montenegro, foi além, interpretou e agregou um ponto importante: Um bom planejamento evita as questões de falta de organizações comportamentais e conduz a um bom aprendizado.
A atividade proposta para o dia foi a Leitura do texto – É possível ler na escola, de Delia Lerner.
Houve explanação do texto em grupos, assim divididos:
*Projetos – Ana Paula, Rita, Menuza e Mércia
Os projetos (também chamados de projetos didáticos), que não devem ser confundidos com os Projetos de Escola, são formas organizativas do ensino cuja principal característica é ter início em uma situação-problema e se articular em função de um propósito, um produto final, que pode ser um objeto, uma ação ou os dois (um livro, um mural, um prospecto de campanha, uma peça de teatro, uma peça radiofônica, um seminário). Uma qualidade importante dos projetos é oferecer um contexto no qual o esforço de estudar tenha sentido, e no qual os alunos realizem aprendizagens com alto grau de significação.
*Atividades Permanentes – Cris Oliveira, Patrícia e Nélida
As atividades permanentes são situações propostas com regularidade – uma vez por semana ou por quinzena, por exemplo. Podem ser utilizadas quando um dos objetivos do trabalho é formar hábitos ou construir atitudes. A roda de notícias é um exemplo desse tipo de atividade: uma vez por semana, professor e alunos trazem para a sala de aula matérias colhidas recentemente nos jornais, lêem e comentam as notícias. A leitura de um romance também pode ser feita, passo a passo, por meio de atividades permanentes.
*Sequencia de atividades – Chris Montenegro, Laura e Marcela
É importante levantar o máximo de informações que ajudem o professor a ver o que as crianças sabem sobre o assunto. A idéia de uma atividade inicial e desencadeadora dos projetos popularizou-se. Não podemos encará-la como algo que antecede algo menor, pois é essencial partir dos conhecimentos das crianças, tornar observáveis seus saberes iniciais, antes de realizar as próximas etapas. Além do mais, essa atenção voltada para o pensamento da criança não deve ser exclusiva do início, mas de todas as demais atividades.
*Situações independentes – Aline, Ediane e Fabiana
As situações independentes são aquelas que, geralmente, correspondem a necessidades didáticas surgidas no decorrer do processo de ensino e aprendizagem. Uma aula em que o professor sistematiza um conhecimento que esteve em jogo no desenvolvimento de um projeto recém-terminado.

... Cada grupo compartilhou de suas impressões a respeito do que o texto trazia.
Houve a apresentação do programa de vídeo: “Para organizar o trabalho pedagógico”.
Neles foram expostos os seguintes itens:
A viabilização do trabalho Pedagógico;
• A rotina que organiza o dia – a – dia na escola;
• A importância do registro na rotina semanal;
• O planejamento das atividades individualmente ou em parceria com os colegas da Sala regular ou coordenadores;
• A reflexão coletiva das dificuldades encontradas;
• As reuniões de estudo;
• A avaliação do trabalho;
• O replanejamento;
• As diferentes formas de realizar as atividades;
• Formas de tratar os diversos conteúdos
• A organização do tempo didático.

TRABALHO PESSOAL
Organizar o seu planejamento semanal e refletir sobre a sua organização.
M2U1T7 – Quadro para elaboração de uma rotina
Para: 21 de Setembro de 2009.

Atenciosamente,
Profª Aline e Profª Marcela
Colégio Profª Maria Lago Barcellos



quinta-feira, 3 de setembro de 2009

13º encontro

UM CASTELO APARENTEMENTE MAL ASSOMBRADO

Certo grupo de professoras da Funlec resolveu realizar um passeio em um castelo aparentemente mal assombrado. Este grupo teve por guia a professora Sonia Dantas que apresentava conhecer muito bem os compartimentos deste castelo.
Ao chegarem ao local viram na frente do castelo uma placa bem grande que anunciava “Formação Continuada: Alfabetização e contextos letrados – parte II”; a tal placa as deixaram apreensivas a ponto de gelar a boca do estômago, mas mesmo com muito medo ousaram entrar no castelo.
No salão principal foram recepcionadas com uma leitura muito prazerosa “Poema em linha reta” de Álvaro de Campos, o Contrato Didático e o Caderno de Registros. Mas, apesar do momento ter sido agradável elas sabiam que naquelas inúmeras portas fechadas tinham muitas coisas a se descobrir, era como aquele velho golpe do jantar, que antecede a uma noite terrível.
Após a recepção foram instigadas a adentrarem em um corredor que parecia ser infinito e muito assombroso. As duas primeiras portas que a guia lhes mostrou, não precisaram ser abertas, mas foram muito bem explicadas, uma delas seria uma pós-graduação e a outra uma formação com uma pessoa muito especial, porém desconhecida de muitos.
Depois da explicação, seguiram para a terceira porta, porém antes desta encontraram um fantasminha, que já vem assombrando estas professoras há um certo tempo, seu nome “O não realizar das tarefinhas”, este quase as impediu de entrarem e conhecerem a sala de Rede de Idéias. Aquelas que não foram surpreendidas pelo sapeca fantasma conseguiram expor com qualidade as suas idéias. No olhar da guia que apesar de entristecido por ter perdido parte do seu grupo para o fantasma, no fundo brilhava por que as que conseguiram escapar obtiveram muito sucesso em suas produções.
Com as ideias todas expostas, foram encaminhadas para uma sala intitulada “Análises de textos infantis”, quando chegaram na frente quiseram bater em retirada, mas a guia garantia que elas não iriam se arrepender de ter contato com a riqueza do material que existia ali, realmente elas perceberam que o material era muito rico, mas ao mesmo tempo ficaram com muito medo de prosseguir, por causa de um novo conto de terror que anda rondando o ambiente de seus trabalhos há muito tempo, letramento/alfabetização, de novo somente o conto, mas os acontecimentos muito antigos.
Realmente fora isto que perceberam na análise de tais materiais; quando uma criança é estimulada e tem contato com todos os tipos de materiais de leitura, ela tem condições de produzir um texto com enredo criativo mesmo sem saber escrever, diferente de uma criança que não é vista como leitora desde o momento que entra na escola e acaba aprendendo a ler e escrever com textos descontextualizados e fragmentados.
Todas saíram desta sala com o coração na goela e com um monte de gatos brigando dentro do estômago, pois realmente tinham que refletir sobre o que poderiam fazer para mudar a história deste conto de crianças meramente alfabetizadas para crianças alfabetizadas e letradas.
Mas, mal conseguiram tomar fôlego deste susto, já entraram em uma sala com um jogo montado para elas: “Leitura e Complementação do quadro – Proposta didática de alfabetização”, no primeiro momento pensaram que não poderiam entrar neste jogo, por que não teriam condições e bagagem para tal grau de dificuldade, mas bastou entrar para perceberem que já conheciam mais do assunto do que imaginavam.
Como exemplo, na proposta com silabário acreditam que os conteúdos devem ser do fácil para o difícil e elas com muita firmeza em seus pensamentos disseram que na proposta com textos os conteúdos não são fragmentados, nem hierarquizados. Em todo quadro do jogo responderam com tranqüilidade e clareza.
Descontraídas saíram desta sala para o último desafio do passeio “Contribuições à prática pedagógica 4”, sem muitas dificuldades elaboraram uma longa lista de contribuições boas e ruins.
Para finalizar a noite, novamente se encontraram no salão principal para encerrarem o passeio, se despedirem e receberem as orientações do trabalho pessoal que deveriam fazer em casa. Com aquela movimentação toda, conversas e risadas acabaram chegando a uma conclusão inesperada, perceberam que aquele castelo que aparentemente parecia mal assombrado era na verdade o castelo dos esclarecimentos.
Era como o mito da caverna que sempre vemos nas aulas de filosofia, quando alguns dos membros têm a ousadia de sair da caverna e descobrir a luz do conhecimento e depois encaminhar a todos do seu grupo para o conhecimento da maravilhosa luz. Neste caso a guia era este corajoso que além de ter valentia para sair da caverna teve solidariedade para querer tirar seus companheiros da escuridão. Realmente quando nos apresentam algo desconhecido tudo aparenta ser assombroso e irreal, mas quando chegamos do lado de fora da caverna percebemos que tudo é muito mais colorido e divertido, foi exatamente isto que aconteceu com este grupo, um castelo de conto de terror que se tornou em um castelo de fadas e princesas.

Professoras: Cristiane Oliveira e Patrícia Nantes
Colégio Professora Maria Lago Barcellos.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Contribuição a Prática Pedagógica 4

  • CONTRIBUIÇÕES A PRÁTICA PEDAGÓGICA 4
    (CONTRUÇÃO DO GRUPO/2009)

    PARA QUE OS ALUNOS SEJAM LEITORES INTERESSADOS E GOSTEM DE LER É...
    BOM
  • Escolher o que gostam de ler;
  • Manusear livros com ilustrações que lhes chamem a atenção;
  • Apresentar leituras interessantes e variadas;
  • Que desde cedo tenham oportunidades de ouvir histórias;
  • Que não se fragmente e nem se hierarquize os conteúdos;
  • Levar o sujeito a refletir e compreender a construção de seu conhecimento;
  • Utilizar textos do cotidiano e da vivência do sujeito;
  • Propor atividades desafiadoras em que o aluno é levado a pensar;
  • Oportunizar momentos de leitura mesmo sem saber ler;
  • Que seja um texto da sua realidade;
  • Que seja um texto de fácil compreensão;
  • Textos com ilustrações;
  • Textos estimulantes e curiosos;
  • Textos que estimule a imaginação e criatividade;
  • Ter acesso a diferentes tipos de textos;
  • Significado destes mesmos textos para sua vida;
  • Que ele sinta necessidade de aprendizagem;
  • Que estes possam ter a liberdade de apresentar textos a serem lidos;
  • Trabalhar com textos produzidos por eles mesmos.

    RUIM
  • Que a prática da leitura seja obrigatória;
  • Leitura para avaliação e interpretação;
  • Não manusear livros para não estragá-los;
  • Histórias orais criticadas;
  • Que apresente os conteúdos do mais fácil para o mais difícil;
  • Levar o sujeito a memorizar e repetir sem contexto;
  • Utilizar textos descontextualizados;
  • Propor atividades mecânicas em que o sujeito na compreenda;
  • Oportunizar momentos de leitura somente aos que decodificam;
  • Textos com vocabulário desconhecido;
  • Textos longos e monótonos;
  • Textos científicos ou de difícil compreensão;
  • Textos repetitivos;
  • Leitura de textos obrigatórios e impostos, não sendo uma leitura prazerosa e de interesse próprio;
  • Conhecer textos contendo apenas frases curtas;
  • Não ter a liberdade de escolher os textos a serem trabalhados;
  • Não terem incentivo a reflexão;
  • Apresentar apenas textos fora do contexto do aluno e sua vida;
  • Planejar pensando no coletivo.

    Grupo 1: Ana Paula, Chris Montenegro, Francismara e Laura
    Grupo 2: Ediane, Patrícia, Mércia Cristina
    Grupo 3: Aline, Valéria e Nélida
    Grupo 4: Cris Oliveira, Menuza e Sônia Cristina

12º encontro

Campo Grande, 21 de agosto de 2009.

Caras professoras,

É com muita alegria que me dirijo a vocês para relatar o desenvolvimento do décimo segundo encontro de formação continuada de professores da Funlec.

Depois de quase um mês de folga dos encontros, voltamos aos estudos com ausência de muitos professores, o que foi uma pena, pois o tema estudado “Alfabetização e contextos letrados – Parte I” foi rico em discussão. Espero que com este registro vocês possam entender um pouco do conteúdo trabalhado.

O encontro foi aberto com a apresentação da pauta e a leitura compartilhada do texto de Rubem Alves “Concertos de leitura” onde o autor fala da importância da leitura na vida das pessoas. Embora sem intenção, o texto fez uma ponte com o tema do estudo do dia. Em seguida Laura fez a leitura do Caderno de Registro do encontro anterior, relembrando a pauta desenvolvida para dar sequência ao trabalho.

A retomada do contrato didático é uma prática de todos os encontros para validar os acordos feitos e nesse dia não podia fugir a regra, nenhuma sugestão de mudança foi proposta.

Quando fizemos a retomada do trabalho pessoal (do encontro anterior) leitura do texto “Contribuições a prática pedagógica 3” e respondendo as perguntas: Que tipo de atividade precisaria ser incorporada ou potencializada em seu trabalho, para que seus alunos aprendam a ler de forma significativa? E que tipo de atividade acham necessário retirar da rotina de trabalho? Verificamos a necessidade de retomada da leitura e o fizemos. Após a discussão do texto, muitos professores falaram que é preciso deixar o aluno ler mais e fazer suas interpretações para depois haver intervenção do professor. Foi dito também que os professores têm muitas idéias, mas que o tempo é pouco e que o trabalho com a leitura é muito mais que ler um livro.

Na discussão sobre a finalidade do ato de ler e escrever no cotidiano, os professores levantaram muitas situações: para planejar, escrever-email, bilhetes, lista de compras, jornal, revistas, outdoor, panfletos de supermercado, preenchimento de cheques, leitura de contas diversas, relacionando esta prática ao uso social. O grupo refletiu que muitas vezes “dentro da escola, a linguagem escrita é despida da sua função social”, que o conteúdo trabalhado na escola não é aplicado na vida diária. Que aprender na escola é para fazer prova e tirar notas.

Antes da apresentação do vídeo “Alfabetização e contextos letrados” algumas perguntas foram feitas: O que é alfabetização? E letramento? O que caracteriza um ambiente alfabetizador de fato? Quais situações a escola deve garantir para formar leitores e escritores competentes?

Uma professora do grupo citou o exemplo do trabalho realizado em outra escola, por duas professoras da segunda série e que dividem o mesmo espaço físico. Uma professora fixou nas paredes as famílias silábicas. A outra professora reivindicou que era preciso dividir o espaço em partes iguais e assim foi feito. Um lado era composto pelas famílias silábicas, o outro por textos que os alunos sabiam de memória (músicas, trava-línguas, adivinhas, listas etc.) Os alunos da professora que tinha como suporte as famílias silábicas queriam que a professora trabalhasse com o material da professora que trabalhava com os textos; assim a professora teve que buscar ajuda para trabalhar de forma mais significativa com seus alunos.

A apresentação do vídeo é sempre um momento de muito aprendizado para o grupo, pois possibilita o confronto da teoria estudada com a prática da sala de aula.

Quando foi feita a discussão sobre a relação entre estar alfabetizado e saber produzir textos, o grupo concordou em que é possível produzir textos sem estar alfabetizado quando a pessoa conhece do que se trata o assunto e dita para alguém escrever; e que é possível a pessoa ser alfabetizada e não saber produzir textos quando a escrita principalmente dentro da escola é despida da função social, ou seja, a escola não ensina onde utilizar aquele conhecimento.

Para finalizar o encontro foi explicado o trabalho pessoal – leitura do texto “Alfabetização e ensino da língua” com a finalidade de ampliar ou modificar as respostas dadas neste encontro.

“È graça divina começar bem. Graça divina persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca”, Dom Helder Câmara. Com este pensamento eu gostaria de dizer a todas as professoras cursistas que sei o quanto é difícil sair de casa todas as segundas-feiras para participar deste trabalho; mas digo a vocês que no final vocês adquirirão uma competência profissional tão maravilhosa que vai valer a pena o esforço.

Um grande abraço.

Sonia Dantas
Formadora do grupo.



11º encontro

Campo Grande, 27 de julho de 2009.

Prezadas professoras,

Venho solicitar a atenção de todas, para os fatos que passo a expor acontecidos no dia 06.07.09, onde foi realizado o 11° Encontro do Curso de Formação Continuada da FUNLEC; mais um dia de estudos e conhecimento.

Prestamos atenção à leitura compartilhada, ouvimos e apreciamos nossa querida colega Sônia, que com suas palavras e criatividade encantou mais ainda o nosso caderno de registro. Para não esquecermos e não perdemos o costume, o contrato didático foi novamente retomado.

Após nossa rotina, recebemos as dúvidas de algumas colegas, sobre o texto “Considerações sobre as atividades do programa: Ler para aprender”; fizemos a leitura em duplas e discutimos as dúvidas levantadas sobre atividades em listas (é melhor aplicar as atividades em duplas ou individuais?); atividades de uma receita (se quando apresentarmos a atividade para os alunos deverá estar com todas as palavras, ou deixar cópias para que eles se familiarizem com o texto?); dificuldades para realizar os agrupamentos (que conhecimentos precisamos considerar para realizar bons agrupamentos?). Em seguida, discutimos as dúvidas de nossas colegas, e colocamos opiniões concordando e até discordando de algumas questões colocadas sobre o texto “Ler para aprender-dúvidas para pôr em prática as atividades”. Assistimos ao programa de vídeo “Ler para aprender”, onde adquirimos conhecimento e por que não entendimento de algumas questões que estavam em aberto.

Depois de assistirmos ao programa de vídeo, reavaliamos as respostas dadas as questões propostas, alterando ou ampliando algumas repostas. Ouve discussões sobre o vídeo e dúvidas que com certeza com todo esse aprendizado adquirido foram sanadas.

Para finalizar nosso 11° encontro, a Prof.ª Sônia nos explicou sobre o trabalho pessoal, que como tantos outros serão feitos com todo nosso conhecimento e dedicação.

Após alguns dias de descanso, estamos de volta para iniciarmos mais um semestre de estudos e aprendizados. Sejam novamente todas bem-vindas!

Agradecendo a atenção apresento os meus melhores cumprimentos,

Laura.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Receita de alfabetização

Esta contribuição foi enviada pela nossa professora Patricia Nantes.
Receita de Alfabetização
Ingredientes:
1 criança de 6 anos,1 uniforme escolar, 1 sala de aula decorada, 1 cartilha. Preparo: Pegue 1 criança de 6 anos, limpe bem, lave e enxágue com cuidado. Enfie a criança dentro do uniforme e coloque-a sentadinha na sala de aula (decorada com motivos infantis). Nas oito primeiras semanas, sirva como alimentação exercícios de prontidão. Na nona semana, ponha a cartilha nas mãos da criança.Atenção:tome cuidado para que ela não se contamine com o contato de livros, jornais, revistas e outros materiais impressos.Abra bem a boca da criança e faça com que ela engula as vogais. Depois de digeridas as vogais, mande-a mastigar uma a uma as palavras da cartilha. Cada palavra deve ser mastigada no mínimo sessenta vezes. Se houver dificuldade para engolir, separe as palavras em pedacinhos.Mantenha a criança em banho-maria durante quatro meses, fazendo exercícios de cópia. Em seguida, faça com que a criança engula algumas frases inteiras. Mexa com cuidado para não embolar.Ao fim do oitavo mês, espete a criança com um palito, ou melhor, aplique uma prova de leitura e verifique se ela devolve pelo menos 70% das palavras e frases engolidas.Se isso acontecer considere a criança alfabetizada. Enrole-a num bonito papel de presente e despache-a para a série seguinte.Se isso não acontecer se a criança não devolver o que lhe foi dado para engolir, recomece a receita desde o início, isto é, volte aos exercícios de prontidão. Repita a receita quantas vezes for necessário. Se não der resultado, ao fim de três anos enrole a criança em um papel pardo e coloque um rótulo: Aluno Renitente.
Se não gostar da receita PARABÉNS.Nesse caso use a alfabetização sem receita.

Alfabetização sem Receita

Pegue uma criança de seis anos mais ou menos, no estado em que estiver, suja ou limpa, e coloque-a numa sala de aula onde existam muitas coisas escritas para olhar, manusear e examinar. Sirva jornais velhos, revistas, embalagens, anúncios publicitários, latas de óleo vazias, caixas de sabão, sacolas de supermercado, enfim, tudo o que estiver entulhando os armários de sua casa ou escola e que tenha coisas escritas.Convide a criança para brincar e ler, adivinhando o que está escrito. Você vai descobrir que ela sabe muita coisa!Converse com a criança, troque idéias sobre quem são vocês e as coisas que gostam ou não. Depois escreva no quadro algumas coisas que forem ditas e leia para ela.Peça à criança que olhe as coisas escritas que existem por aí, nas ruas, nas lojas, na televisão. Escreva algumas dessas coisas no quadro.Deixe a criança cortar letras, palavras e frases dos jornais velhos. Não esqueça de pedir para que ela limpe a sala depois, explicando que assim a escola fica limpa.Todos os dias leia em voz alta alguma coisa interessante: historinhas, poesia, notícia de jornal, anedota, letra de música, adivinhação, convite, mostre numa nota fiscal algo que você comprou, procure um nome na lista telefônica. Mostre também algumas coisas escritas que talvez a criança não conheça: dicionário, telegrama, carta, livro de receitas.Desafie a criança a pensar sobre a escrita e pense você também. Quando a criança estiver tentando escrever, deixe-a perguntar ou ajudar o colega. Aceite a escrita da criança. Não se apavore se a criança estiver comendo letras. Até hoje não houve caso de indigestão alfabética?.Invente sua própria cartilha, selecione palavras, frases e textos interessantes e que tenham a ver com a realidade da criança. Use sua capacidade de observação, sua experiência e sua imaginação para ensinar a ler. Leia e estude sempre e muito.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Tema: Ler para aprender

10º ENCONTRO DO CURSO DE FORMAÇÃO CONTINUADA

10º Encontro do Curso de Formação Continuada
29 de junho, que segunda especial
São três horas de encontro
Mas ainda não é o ideal....

Não porque queremos mais!
Somos professores, dedicados e competentes
Doamos parte de nossas vidas.
Queremos ver crescer nossas sementes...

Mesmo cansadas não desistimos
Acreditamos e seguimos em frente
Uma ajudando a outra
Somos um grupo consciente.

Conscientes da nossa responsabilidade
Do nosso real valor
Através do conhecimento
Aprendermos a nos impor.

Nossa professora é o maior exemplo
Trata-nos com respeito e admiração
Suas leituras nos encantam
Mexe com a nossa imaginação.

O texto compartilhado
Falava da bola e o fio dourado
Da importância de cada minuto
Que não pode ser desperdiçado.

Desperdício não acontece aqui!
Retornamos ao contrato didático
Tudo é bem organizado
Para que seja bastante prático.

Ah! Nosso lanche!
Que bom quando chega a hora
Todo mundo come um pouquinho
Até antes de ir embora.

Vamos ao que interessa
Um vídeo vamos assistir.
O que acontece quando lemos?
Agora, sim! Fica fácil definir.

Depois do vídeo
Todo mundo se colocou
Grandes idéias foram surgindo
Todo mundo participou.

Precisamos ter bem definido
O que é ler afinal
Não é tarefa fácil
Mas o problema é real.

Problema que precisar acabar
Pois ler é contagiante
Basta aprender a gostar
É seguir sempre à diante.

Ler e entender o que se lê
Ler com emoção
E tenho certeza que assim
Mudaremos a alfabetização

A alfabetização mecânica
Sem contato com o mundo
As crianças precisam
De algo mais profundo.

Já dizia Paulo Freire
Em seu livro “A importância do ato de ler”
“A leitura do mundo precede a leitura das palavras”
Não é difícil o que ele quis dizer.

Então, pense comigo:
È preciso ler o que realmente faz sentido
O que pode ser transformado
Só assim então, haverá aprendizado.

Caras professoras,
Precisamos estudar
Pois temos a oportunidade
De o mundo transformar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Como ler sem saber ler - Parte 1

Caderno de registro - 9° encontro

Iniciaremos este registro chamando a atenção dos leitores para a receita que será dada. Nós alunas/professoras que já passamos pela universidade, lemos e estudamos os melhores pesquisadores e teóricos, e, ainda assim ouvimos por tantas vezes dos nossos professores universitários que não há receitas prontas a serem dadas, mas sim que iremos construir nosso próprio caderno de receita durante a nossa prática escolar, segue abaixo uma receita que dará muito certo na sua prática de sala de aula se você professor/leitor acreditar e praticar.
Obs: Ao contrario daquele quitute que só a vovó sabe fazer, e, esconde a receita num baú a sete chaves, esta é uma receita que precisa ser compartilhada.
Como ler sem saber ler
Ingredientes:
- 29 encontros;
- 1 Professora (Sônia);
- 18 Alunas;
- 1 Contrato didático;
- 1 Caderno de registro;
- Vários Textos;
- Vários Programas de vídeo;
- Rede de ideias;
- Vários lanches.
Preparo:
- Participar de todos os encontros;
- Procurar não se atrasar para que não haja interrupções durante a aula;
- Participar da construção do caderno de registro;
- Compreender o contrato didático contribuindo com a sua prática durante os encontros;
- Participar ativamente da rede de ideias procurando esclarecer dúvidas que vão surgindo no dia-a-dia da prática escolar;
- Assimilar as informações adquiridas a cada encontro para então formar o seu próprio conhecimento a respeito do ensino e aprendizagem, relacionado principalmente a aquisição do processo de escrita e leitura da criança.
Recheio:
Para que esta receita tenha sucesso é preciso antes de qualquer coisa aproveitar esse momento em que estamos tendo a oportunidade de viver neste curso, para refletir sobre o processo que o nosso aluno passa durante as nossas aulas. Nós como professores/alfabetizadores estamos aqui como alunos e como nos falou a amiga Sônia, estamos sempre sendo alfabetizados, num outro patamar, mas estamos sempre aprendendo. Então, vemos como é difícil até para nós que já temos “um certo” conhecimento do processo de ensino e aprendizagem construirmos o nosso próprio conhecimento. No nosso 9º encontro estamos na fase do curso onde aprofundamos o conhecimento sobre o processo de leitura das crianças. Então, escrevemos e lemos uma definição do que é ler, e, após várias definições elaboradas pelas alunas, vimos que “ler é muito mais do que decodificar, porém a leitura passa pela decodificação” (palavras da professora Sônia). Uma questão pertinente foi feita pela professora, não para ser respondida, mas para ser refletida por cada uma de nós. A questão foi: A criança aprende mais com a televisão ou com a escola? E, como vivemos no momento em que as crianças têm fácil acesso aos objetos tecnológicos, é uma questão que realmente precisa ser refletida antes de ser respondida.
Modo a ser servido:
Na atividade “Ler para aprender” vimos a importância de a aula estar bem planejada, e, que nesse momento o professor pense nas possibilidades de criar e recriar diferentes tipos de situações de ensino e aprendizagem. Não esquecer que a criança usa estratégias antecipatórias para fazer a leitura, assim então, proporcionar atividades com textos que elas já conheçam, será facilitador e não frustrante para criança. Sendo assim, as atividades devem ser pensadas e desenvolvidas tendo como objetivo o favorecimento à reflexão dos alunos sobre o sistema de escrita alfabética por meio da leitura. Ao professor cabe lembrar que todas as crianças que chegam à escola, seja qual for à camada social a que pertençam, viveram experiências diferentes, algumas já adquiriram formal ou informalmente competências próximas das escolares e outras possuem conhecimentos e capacidades bem diversas daquelas que lhes são exigidas na escola. Porém, nenhuma é uma folha de papel em branco em que o professor vai poder escrever seus próprios conceitos, ainda mais se forem sem embasamento teórico.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

8º Encontro Módulo 1


Clique na imagem para melhor visualização.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Pergunta vencendora em um congresso sobre vida sustentável

Essa pergunta foi a vencedora em um congresso sobre vida sustentável.
"Todo mundo 'pensando' em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que 'pensarão' em deixar filhos melhores para o nosso planeta?" Passe adiante! Precisamos começar JÁ!

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo de seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Caderno de Registro - 7º Encontro - 01.06.2009

7º Capítulo

Era uma vez uma professorinha muito dedicada e com um grande sonho, desenvolver novas competências profissionais nos professores que com ela trabalham.
Então de repente, ela concretiza o seu sonho e mais uma vez seu projeto de formação continuada aos professores tem início.
Como de costume, nas segundas -feiras realiza mais um encontro, chegando mais cedo que as seguidoras; organiza a sala, separa os textos, prepara o vídeo que apresentará e recebe gentilmente as colegas seguidoras.
Nesta noite, como em todas as outras, as seguidoras , como rotina, chegaram, pegaram o crachá e a pauta do dia. De repente a professorinha olha no relógio, são 18 horas.
Antes de começar os trabalhos, Sonia Cristina se propõe a trazer um delicioso bolo de cenoura para o lanche do próximo encontro, todas se alegraram; então a professorinha começa a leitura da pauta e da leitura compartilhada cujo texto foi “Criando um indivíduo para o mundo” (que por sinal já está no blog) e vale a pena reler, pois a reflexão é profunda e mostra a importância do papel do educador na formação dos jovens, o que fez todas pensarem muito no cotidiano dentro de sala de aula como professora, pois faz com que reflitam que muitas vezes a escola tem formado pessoas despreparadas para o mundo real.
Percebe-se a integração e a harmonia das seguidoras.
E por falar em reler, percebemos que esta é uma das estratégias da formação continuada. Estamos sempre relendo textos de encontros passados o que ajuda muito na compreensão dos conteúdos.
Passado o momento da leitura compartilhada ela deu a palavra para as suas seguidoras Patrícia e Cristiane, do MLB, para a leitura do Registro nº6 que fizeram com muita criatividade, em forma de diário. A professorinha demonstra alegria com a leitura do diário. Ela deve ter pensado: “minhas seguidoras estão colocando a imaginação em ação”
Ah! mas antes disso, duas seguidoras conhecidas de longa data, se entreolharam e falaram quase que na mesma hora: vamos fazer o próximo registro? O mais interessante que as duas haviam pensado escreverem no mesmo gênero; contando história.
Em certo momento da pauta foi retomado o contrato didático reforçando a necessidade da freqüência na formação, pois proporciona segurança na atuação pedagógica. Ela disse para o grupo que encaminhou e-mail para uma seguidora que estava faltando muito, enfatizando a importância da freqüência. Todas escutaram atentas.
No instante seguinte, a professorinha falou das tarefas semanais, sua importância e relembrou que as mesmas devem ser enviadas sempre por e-mail; foram sanadas algumas dúvidas em relação as hipóteses de escrita pré-silábica e comentaram o quanto o memorial mexeu com a afetividade e o emocional das seguidoras.
Mais que de repente, as seguidoras assistiram ao vídeo: Escrever para aprender, que inclusive é o tema deste encontro, opa, deste conto.
O documentário mostrou situações reais de ensino com cenas de crianças e adultos construindo a escrita. Todas puderam observar alguns itens relevantes: sempre devemos levar a criança a pensar; as atividades para alfabetizar deve fazer a criança pensar, refletir e raciocinar.
A professorinha divide a turma em grupo, por segmento e então passa a tarefa da semana.
Assim chega ao fim mais um capítulo desta história que durará muitas segundas-feiras.
"Ninguém é tão pequenoque não possa ensinar e nem tão grande que não tenha o que aprender."
Contribuição das seguidoras :
Profª Valéria Storti - Colégio Oswaldo Tognini
Psicóloga Claudia Aquino - FUNLEC

Caderno de Registro - 4º encontro

RELATÓRIO REFERENTE AO 4º ENCONTRO

Mais uma aula se inicia e com ela grandes expectativas, pois a cada encontro trocamos e dividimos saberes.
Na aula passada nossa colega Aline leu seu registro minuciosamente e logo ouvimos a leitura compartilhada “Dias de Chuva”. Dona Sônia releu o contrato didático onde acrescentamos o item: perguntar sempre que tiver dúvidas; a seguir dividimos em grupos para listarmos questões consideradas difíceis, pois ao dar continuidade ao filme sobre a “construção da escrita” iríamos discutir e saná-las.
Ao assistir o filme observamos que a professora faz interferências, indagando os alunos. Alunos esses que ora diz que não faltam letras para ser colocada e ora percebem e controlam a quantidade de letras.
Ficou claro ao observar que Arthur, entre a leitura e a escrita tenta uma acomodação, ajustando à escrita a imagem.
Na leitura de frase, Henrique preocupa-se com quais letras e não quantas demonstrando pensativo ao se deparar com as palavras diferentes ao seu escrever.
Já Jéferson, ao ler, ajusta a fala com a escrita.
Podemos observar claramente o progresso do aluno Denis entre os meses de Abril e Junho, pois ao escrever percebe a letra que falta, utilizando o sistema alfabético, porém na ortografia ele leva um pouco mais de tempo. Concluímos que Denis entrou quase alfabético na escola e que para se alfabetizar é preciso pensar, refletir, ter erros construtivos para a construção da escrita.
Enfim, os processos de ensino e aprendizagem são processos diferentes onde devemos analisar a qualidade de nossas propostas de ensino.



Professoras: Rita de Cássia Muller e Cristiane - Colégio RSM

terça-feira, 9 de junho de 2009

Fomos convidados a participar do prêmio Top Blog

Texto lido para os professores no dia 08/06/2009

JORNAL VIRTUAL PROFISSĂO MESTREProfissăo Mestre – Ano 7 Nº 120 – 05/06/2009
Criando um indivíduo para o mundo
Nesse nosso mundo atual, onde o individualismo é tudo, todos exigem o direito de escolher. Essa premissa – dos direitos adquiridos – foi uma conquista lentamente obtida. É a premissa da democracia: posso até não ganhar uma eleição, mas eu selecionei, exerci plenamente o meu direito de escolher. Só que quanto mais se amplia o meu direito de escolha, maior fica o vazio do que escolher. Esse o que escolher depende da finalidade que se procura. Quando escolho, estou escolhendo porque quero, prefiro, preciso disso ou daquilo. E para tanto, é preciso existir um querer. Como o leque de possibilidades, numa sociedade complexa, tende ao infinito, as possibilidades de escolha também tendem. Tenho que lembrar que a nossa sociedade não é modelo único. Existem aquelas com apenas dois tipos de roupas disponíveis (uma para festas e outra para o cotidiano), dois, no máximo três tipos de armas, só um tipo de casa, etc. Nós temos mil e uma formas de atacar e defender, de morar, de se vestir etc. A pergunta é: criamos a nova geração apenas para saber escolher ou somos responsáveis também por influir na formatação das escolhas possíveis?Falei tudo isso para chegar à razão de ser desse texto. Educação é uma educação para alguma coisa. Se não se define isso, a finalidade para onde se caminha, toda a pedagogia tende para o arbitrário. Se eu quero educar meu filho para ser super-homem ou executivo, eu me orientarei por esse objetivo, mesmo que de forma inconsciente. Se esse objetivo não é claro, ou pelo menos previsível, mergulha-se no mundo onde vale tudo e ao mesmo tempo nada é permitido. A escola, na medida em que passou a respeitar excessivamente a individualidade, deixou de formar cidadãos com aspectos comuns entre si, uma vez que também deixou de se permitir fixar-se num ideal de homem. Se todos podem ser diferentes entre si, se toda a escolha é válida, que luz me orienta na escolha de estratégias educacionais? Até o dia em que se tira o diploma, vemos o respeito à individualidade reverenciado. Só que isso, na sociedade futura que aguarda os alunos lá fora, não é verdade. Daí até a aposentadoria, os indivíduos passam por filtros que têm suas próprias preferências. Existe, para cada vaga, um tipo de currículo preferencial, assim como existe o tipo ideal para cada concurso, em que se inclui a aparência física, roupa, gestual etc., muito importantes nas entrevistas. A escola que acena com uma liberdade inexistente fora de seus muros, sem se permitir impor uma idealização de vida, falhará obrigatoriamente em sua missão. A escola não pode acenar com uma liberdade que não existirá depois. Seria bom se a escola pudesse ser uma representação minimalista do mundo futuro. Esse escolhe o indivíduo que quer, dá preferência a uns e não a outros. Fazer de conta que o mundo não é assim é falso. A criança que tem cadernos em desordem, como se isso fosse natural, apresentará currículos também mal montados. E o recrutador que recebe e seleciona vai escolher o melhor apresentado, uma vez que nem poderia escolher pelo conteúdo da pessoa porque não a conhece.Cabe à escola preparar membros aptos a viver na sociedade que os aguarda. Cabe à escola criar pessoas capazes de abdicar de certos extremos de individualismo, personalismo, para poder ser indivíduos sim, mas não obrigatoriamente solitários. Anna Verônica Mautner é psicanalista da Sociedade Brasileira de Psicanálise e palestrante. Autora de Cotidiano nas entrelinhas e Crônicas científicas (Ed. Ágora). Contato: redacao@humanaeditorial.com.br

Caderno de Registro - 6º encontro

Caderno de Registro – 6º Encontro

Querido Caderno de Registro

Estamos aqui para lhe contar como foi o nosso 6º Encontro de Formação Continuada de Professores da FUNLEC. Como você já sabe o nosso grupo tem uma rotina, seguimos uma linha, não a linha de Montessori, mas a linha da busca de construirmos o nosso conhecimento, a fim de atuarmos de uma maneira melhor dentro do nosso campo de trabalho.
De maneira muito democrática a Professora Sonia Dantas, nos conduziu a escolha da nossa Leitura Compartilhada, onde realizamos uma votação entre os textos: Direitos imprescritíveis do leitor (Daniel Pennac), Da utilidade dos animais (Carlos Drummond de Andrade) e Maria Angula (Jorge Renón de La Torre). Destes três maravilhosos textos escolhemos Maria Angula, foi muito engraçado e nojento.
Mas, diante desta oportunidade de nos deliciarmos com esta leitura, o que nos chamou atenção, foi o procedimento de nossa professora, no escolher da leitura, pois nos sentimos muito atuantes em poder contribuir na escolha da leitura compartilhada, esta ação nos remete a nossa sala de aula, pois também podemos realizar esta prática com nossos alunos. É claro que eles vão se sentir tão importantes como nós nos sentimos. Caderninho, vamos lhe confessar, nunca imaginamos como seria tão bom nos colocar em posição de alunos, pois temos refletido muito em nossa prática pedagógica.
Bem...deixamos a conversa de lado e vamos continuar contando o que aconteceu, após a leitura compartilhada a nossa colega leu o que escreveram em você na aula passada e ficou MARAVILHOSO, o que nos acarreta uma responsabilidade maior. Feita a sua leitura, também lemos o nosso contrato didático. E, mais uma vez nos remetemos a nossa prática pedagógica, pois refletimos a importância de não apenas elaborar o contrato (Combinados), mas de colocar em prática e de estar sempre em construção de acordo com a necessidade de cada grupo.
Após todo esse momento, que lendo na pauta parece ser tão simples e até mesmo irrelevante, mas que nos faz vivenciar momentos muito significativos. Nós nos agrupamos para montarmos a rede de idéias com as atividades que fizemos com os alunos para identificarmos o que eles sabem sobre a escrita.
Em grupos socializamos as atividades e selecionamos o que tivemos mais dificuldades para identificar as hipóteses de escrita, depois desta seleção todos os grupos apresentaram suas dificuldades para o grande grupo, onde a professora Sonia Dantas auxiliou a todos a diagnosticar cada situação.
Diante desta situação o que mais nos chamou atenção foi algo que na verdade já sabíamos, mas que deixamos negligenciar muito, que é a questão de sempre estarmos nos retornado a FONTE, os nossos teóricos que embasam a nossa prática, pois no momento em que a professora explicava com suas palavras, sempre demonstrava que tinha voltado a beber nestas fontes. Como exemplo em uma análise na obra de Emília Ferreiro e Ana Teberoski (Psicogênese da Língua Escrita) elas explicam com clareza que precisamos entender que primeiro o indivíduo estabelece quantidade e depois qualidade, para identificarmos isto precisamos observar como a leitura é realizada. Dá-se o exemplo de uma criança que escreveu PI-RU-LI-TO, com quatro desenhos de pirulitos e realizou a leitura com a pausa correta.
Este exemplo nos esclareceu muitas dúvidas, que antes realizando a sondagem nos faria pensar que esta criança estaria na fase pré-silábica ou até mesmo na garatuja, mas se ela realiza a pausa de leitura correta ela já se encontra na hipótese silábica.
Após todo este momento, voltamos a nos organizar em grupos para terminar a ordenação de um conjunto de amostras, partindo daquela que julgávamos ser mais distantes de uma escrita convencional, ao terminarmos observamos os acertos e erros e tivemos a oportunidade de ter acesso aos apontamentos dos tipos de escrita que as crianças se encontravam, não diferente de todo material que temos tido contato, percebemos a riqueza do mesmo.
Terminando este momento, realizamos a leitura em duplas do texto – Contribuições à prática pedagógica – 2 e elaboramos algumas contribuições ao estudo da hipótese pré -silábica, vou citar algumas que mais nos chamou atenção, como: primeiro o aluno estabelece a quantidade, por isso muitas das vezes para escrita de uma palavra ele usa mais que doze letras e não significa que ele não saiba nada, os alunos também podem usar na escrita das palavras as letras do seu próprio nome, importância da intervenção do professor, e de se colocar alunos de hipótese diferentes juntos para auxiliar na construção do conhecimento e oportunizar que os alunos se encontrem em posição de leitor, mesmo que ainda não saibamler.
Bom... querido caderno de registro, agora precisamos ir, pois temos tarefas a realizar, como refazer algumas amostras de escrita e ler os textos Contribuições à prática pedagógica I e II, organizando um registro dos aspectos que consideramos mais fácil e mais difícil de incorporar em nosso trabalho com os alunos. Foi um grande prazer estar com você e até mais.

Professoras: Cristiane Oliveira e Patrícia Nantes.
Colégio Professora Maria Lagos Barcellos

quinta-feira, 4 de junho de 2009

CONTIBUIÇÕES A PRÁTICA PEDAGÓGICA 2

CONTRIBUIÇÕES A PRÁTICA PEDAGÓGICA 2
(CONTRUÇÃO DO GRUPO EM 01/06/2009)

DUPLA: Nélida e Priscila
Planejar atividades em que os alunos possam refletir sobre o sistema da escrita;
não passar as informações prontas e sim, solicitar para criança estabelecer relação entre falado e escrito.
DUPLA: Laura e Marcela
É favorável que os alunos estejam e vivenciem situações em possam testemunhar a utilização que se faz da escrita;
nessa fase é preciso que o aluno pense que a escrita é uma representação do fala, colocando problemas para que o aluno reflita sobre sua escrita;
o educador precisa certificar-se de que os alunos estejam se apropriando de conceitos cada vez mais avançados – progredindo assim, há uma possibilidade de interesse maior do aluno.
DUPLA: Christiane Ribeiro e Patrícia Nantes
· Na hipótese pré-silábica, quando o aluno escreve uma palavra com muitas letras, não significa que ele não sabe nada;
· Não é prejudicial intervir durante a escrita dos alunos (desde que a intervenção seja problematizadora- comentário da professora).
DUPLA: Ediane e Aline
· Aos alunos precisam ser expostos a várias formas de escrita e colocados no papel de leitores com textos que sabem de cor;
· quando o aluno produzir uma escrita, questionar o aluno e pedir para ele ler o que escreveu;
· fazer parcerias de alunos com hipóteses de escrita diferentes na hora de propor atividades (obs. da professora: é preciso ter critérios na formação de parcerias);
· o aluno mesmo mesmo antes de fazer a correspondência entre a fala e a escrita tem capacidade de produzir;
DUPLA:Valéria e Fabiana
· É fundamental para aprendizagem significativa a interação com os colegas, levantamento de hipóteses, oferecer e receber informações pertinentes;
· informar os alunos levando a reflexão, a construção do conhecimento;
· propiciar atividade de leitura dos textos já manuseados;
· estabelecer uma relação entre o que é falado e o que está escrito colocando problemas que ajudam a refletir sobre as partes escrita.
DUPLA: Ana Paula e Sônia Cristina
· Muito importante que o aprofessor permita que alunos de níveis diferentes de aprendizado estejam em contato para que possam confrontar suas ideias e assim haver desenvolvimento;
· não apontar os erros diretamente, permitir sim que eles avancem à partir destes (de seus erros);
· o professor dever permitir que os alunos pensem à respeito do assunto em estudo, que elaborem suas descobertas, confrontando-as com as dos colegas e por fim, com as do professor (ou vice-versa).
DUPLA: Menuza e Mércia
· Ampliar conhecimentos; mostrar como avaliar de forma mais detalhada, sempre estar questionando e argumentando o aluno trabalhado, pois assim podemos retirar nossas próprias conclusões e passar a interpretá-los melhor.
· interação profissional;
TRIO: Claudia, Rita e Cristiane Oliveira
· O aluno na fase pré-silábica não relaciona a escrita com a fala.
· não quantifica a escrita com as letras;
· utiliza na maioria das vezes as letras do seu nome;
· o diagnóstico só terá validade se a criança fizer a interpretação do escreveu, ou seja ler o que escreveu..
· não relaciona sons.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Caderno de Registro - 5º Encontro

“A leitura traz ao homem plenitude, o discurso segurança e a escrita exatidão.” Francis Bacon

No dia 25 de maio de 2009 às 18h iniciamos nosso 5º encontro do Programa de Formação Continuada de Professores da Funlec.
Nesta data realizamos a leitura da pauta do dia, leitura compartilhada e escutamos a colega Rita ler o registro do 4º encontro, logo em seguida fizemos a leitura do contrato didático, rotina esta que sempre se faz presente no nosso início das aulas para assegurar a importância do nosso contrato.
Retomamos o texto “Como se aprende a ler e escrever ou, prontidão, um problema mal colocado” na qual tínhamos como tarefa realizar três perguntas sobre o mesmo. Em seguida lemos o texto referente ao vídeo Construção da escrita: Primeiros passos, dando ênfase a hipótese pré-silábica onde as crianças constroem hipóteses sobre o que a escrita representa. Hipóteses estas que evoluem de uma etapa inicial, em que a escrita ainda não é uma representação do falado, para uma etapa em que ela representa a fala, por correspondência silábica e por fim chegando a uma correspondência alfabética, esta sim adequada à escrita em português.
Antes de iniciarmos o filme nossa colega Patrícia colaborou com uma dúvida sobre a hipótese em que se encontra seu aluno, afinal ele escreve todas as palavras finalizando com as letras do seu nome: UCAS.
A Professora Sônia propôs o estudo do vídeo para assim concluirmos em que hipótese este aluno se encontra. Por fim concluímos que ele está na hipótese pré-silábica.
Nossa colega Sônia ressaltou a importância e a responsabilidade da nossa fala para com os alunos, citando que uma professora “ótima” chamava sua filha de estrupício, mas que a professora não fazia por mal.
Durante a apresentação do vídeo, verificamos que a hipótese pré-silábica está caracterizada em três períodos: o primeiro pela diferenciação entre as marcas gráficas figurativas e as marcas gráficas não-figurativas, o segundo a diferenciação entre o encadeamento de letras, baseando-se alternadamente em eixos de diferenciação qualitativos e quantitativos e o terceiro que corresponde à fonetização da escrita. Em todos os períodos foram apresentados exemplos de crianças e suas hipóteses de escrita.
Após assistirmos o vídeo foi salientado a importância do diagnóstico e da intervenção do educador, levando o aluno a ler a sua escrita e do trabalho a ser realizado com os pais através de reunião para esclarecer sobre o longo processo que a criança passa até se apropriar da leitura e escrita convencionais.
Para finalizarmos a aula retomamos aos grupos para a ordenação inicial das amostras de escrita, onde houve muitas discussões entre as colegas do grupo, fizemos uma leitura para auxilio do trabalho do texto “Por que e como saber o que sabem os alunos?”
Para o trabalho pessoal a proposta foi investigar alguns alunos para diagnóstico do que eles sabem sobre a escrita e esta atividade servirá para estudo da próxima aula.

Viajar pela leituraViajar pela leiturasem rumo, sem intenção.Só para viver a aventuraque é ter um livro nas mãos.É uma pena que só saiba dissoquem gosta de ler.Experimente!Assim sem compromisso,você vai me entender.Mergulhe de cabeça na imaginação!
Clarice Pacheco